Na semana passada tive a alegria de reencontrar meu sempre professor (e mestre) Jandir Zanotelli. Ele pensa fazer vídeos compartilhando seu conhecimento de História, com vasta bagagem e rica experiência nas áreas por onde transitou. Como meus pais, tem uma capacidade ímpar de contar e contextualizar registros, que sempre precisam de um olhar atento e perspicaz para auxiliar e capacitar outros olhares. Foi bom saber que o velho amigo (e não um amigo velho...) continua afinado em pensamento e reflexão.
Há um bom tempo que queria conversar sobre sua
participação na live Partilhando, da arquidiocese de Pelotas. Creio que, ainda
este ano, teremos a oportunidade tê-lo falando a respeito da história dos
leigos católicos nas atividades da Igreja e atividades sociais. Foi professor
universitário (inclusive reitor da UCPel), assim como integrante do Conselho de
Leigos que, na virada da década de 80, movimentou eventos, em especial com as comunidades
eclesiais de base, quando viviam sua plena efervescência.
Foram boas lembranças: foi meu professor na disciplina
de Filosofia, no segundo grau do Seminário, quando tinha a companhia do Pedro
Bettin (já falecido) e do professor Gomercindo Ghiggi. Era um caso à parte:
passamos um ano inteiro dissecando – literalmente – o livro do escritor
Saint-Exupery, o Pequeno Príncipe. Foram discussões maravilhosas e que me fazem,
ainda hoje, ter obras como O Profeta (Khalil Gibran) e Fernão Capelo Gaivota
(Richard Bach) como referência em meus textos e atividades.
Na década de 90, a convite do professor Cilon
Rodriguez, comecei a lecionar na UCPel, tendo o Jandir como reitor. Sou grato
pela oportunidade de ingressar na academia e me reciclar na preparação dos
profissionais da comunicação. Foi uma experiência única, assim como ser
convidado por ele, quando presidia a Academia Sul Brasileira de Letras (Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná - hoje sob o comando do Carlos Eugênio),
a ocupar a cadeira de número dois, tendo como madrinha a querida Olga Ferreira.
Em seu apartamento, revi a Denise e a Cema, figuras
que sempre estiveram presentes na vida da sua família. Degustei um cafezinho e a
oportunidade de um salutar reencontro, além da chance de reforçar valores
fundamentais como o diálogo, o respeito, o carinho, retomando sendas esquecidas
num tempo em que a pressa fez com que se percam valores tão importantes. Ocasião
para ouvir e narrar lembranças, evoluindo para pensar espaços pelas redes
sociais onde se compartilhem “Causos para contar a História”.
Sim, meu professor, alinhavei até um nome para
sugestão. A ideia me seduziu e, sei, agora compartilhada, vai mexer com a imaginação
e o desejo de muitos dos que veem a História não apenas como registros
embolorados, mas cerne da própria vida. O senhor abriu as portas e se
descortina o encanto que aquece a alma e a faz capaz de alçar novos sonhos...
Um lugar em que o passado não está sepultado nas nebulosas do tempo, mas
reforça acertos, evita erros praticados e dá a cada um a perspectiva renovada
de futuro!
Um comentário:
Que maravilhosa recordação!
Tenho saudades das magníficas aulas de filosofia do professor Jandir Zanotelli, marcou minha vida acadêmica
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