Hoje foi a vez do Pablo Rodrigues (editor do Diário Popular de Pelotas) conversar com a turma da Teologia, onde estou dando aula, ao longo desta semana. Deixou claro como funciona a relação de um jornal com instituições, inclusive as igrejas.
Para os veículos, as instituições são tratadas da mesma forma, não havendo relação de poder que coloque uma em vantagem sobre as outras. Hoje, o jornalista vai atrás da verdade, onde ela estiver, e o que querem é "fazer comunidade", na busca por uma informação de qualidade.
Classificou a Igreja como um "agente social" que precisa ser respeitado e entendido, mas que há falhas de ambos os lados: uma Igreja que quer fazer pautas que não são jornalísticas e jornalistas que não buscam entender os mecanismos, a forma como funciona esta estrutura social.
Falando de alguns fatos recentes, foi enfático: quando há responsabilização social, o que deve funcionar é a Justiça, que, no caso, tem que ser a mesma para quem é da Igreja, assim como para aqueles que não são.
Mas que uma marca importante para esta relação é a "responsabilidade humana e social", pois as pautas vão atrás de fatos acontecendo com gente e isto as comunidades podem ter a sensibilidade de flagrar.
Exemplificou, dizendo que o "nascimento do menino Jesus", hoje, não é notícia, mas pode se tornar se uma comunidade ou paróquia apontar para a realidade onde, de alguma forma, a sociedade está fazendo este menino renascer de uma forma mais justa e humana.
Provocações que deixaram muitos questionamentos. Nenhum que termine em paranoia, mas para ver a riqueza que pode se tornar uma caminhada onde se conheça o outro lado com o qual nos relacionamos, buscando respeito e as possibilidades mútuo entendimento.
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