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A morte do papa Francisco e a realização da Jornada Mundial da Juventude Católica, em 2027, em Seul, na Coreia do Sul, despertam a atenção sobre o catolicismo naquele país. Onde cerca de 5,8 milhões de pessoas, 11% da população, se diz católica. Naquela localidade, não foram os missionários que abriram caminhos, mas sim a disseminação de uma literatura religiosa, especialmente nos meios educacionais, já no século XVIII. A Igreja Católica seguiu os mesmos rumos que em outros lugares, especialmente, até a metade do século passado, contribuindo com a educação, o atendimento à saúde e o desenvolvimento social.Recentemente, muitos textos e vídeos foram publicados a respeito. Num deles, destacava-se o fenômeno do sincretismo, em especial com o Confucionismo, o Budismo e outras práticas tradicionais coreanas. Semelhante ao Brasil, onde a justaposição de religiões e filosofias se dá com o Espiritismo e as de matrizes africanas. Na Coreia do Sul, ela tem se adaptado às tradições culturais do país, como a realização de rituais e festas religiosas em que se combinam elementos do catolicismo e do budismo, por exemplo.
Sequer os k-dramas (as novelinhas coreanas) escapam da presença de elementos de fé. Em “Young Lady and Gentleman” o casal protagonista se reencontra diante de uma imagem de Nossa Senhora, num templo católico, onde consagram suas vidas. Já em “O sacerdote impetuoso”, um personagem formado como soldado de combate mortal vira padre e enfrenta uma máfia. Sendo um misto de comédia e drama, tem cenas bem violentas. No entanto, o trato com a figura do sacerdote é respeitoso, sem as apelações ocidentais de que, neste caso, sempre arrumam uma parceira para desencaminhá-lo do celibato…
O catolicismo, na Coreia, é uma fé minoritária. Seu crescimento se deve a uma forte presença leiga, antes mesmo que fosse feito o trabalho de missionários. Pesquisas apontaram a “simpatia” pela religião por sua forte presença nas causas sociais. O Budismo tem o maior percentual, seguido daqueles que se dizem protestantes. O fenômeno interessante é que o Budismo chega a 22% da população; cristãos (católicos e protestantes, somados) a quase 40% e as demais denominações fecham os outros 38%.
A cultura oriental tem suas próprias peculiaridades. Não se pode generalizar, com a antiga história de que são “todos com olhos puxadinhos…” Eventos como este, reunindo jovens de todos os continentes, alavancam o fervor religioso, mas também tem reflexo no turismo, economia e o dia a dia das pessoas. Foi assim no Rio de Janeiro, como em outras grandes metrópoles. Certamente, com a presença do papa Leão XIV, a oportunidade de se rezar pela paz e o tão necessário entendimento entre os povos.
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