"Bom-dia", "Boa-tarde", "tudo bem?"
Não são palavras que apenas acolhem.
Mais ainda: anulam a invisibilidade.
A pessoa na parada do ônibus por onde andas,
O jardineiro aguardando passares a fim de te proteger,
A catadora de lixo reciclável que todos os dias
Revira os latões em busca do sustento.
Quando levantam os olhos
Compartilham a angústia por estabelecer pontes.
Saudar alguém que já se conhece é costume.
Surpreender um passante na rua com um sorriso,
Uma palavra de carinho,
Revoluciona o estado de espírito
De quem dá e de quem recebe atenção.
Encolhidos e escondidos em nossos casulos
Perdemos o melhor no baile da vida:
Para seguir o compasso pelo salão é preciso
A coragem de tirar alguém para dançar…
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