sábado, 21 de junho de 2025

A cidadania é a meta, os livros são o caminho









Leituras e lembranças:

 Ainda não se inventou uma forma melhor de transmitir conhecimento e emoções do que o livro. Também, é uma das melhores maneiras de adquirir vocabulário e desenvolver raciocínio ágil. Desde que nossos antepassados começaram a gravar em pedra o que estavam pensando e sentindo, evoluindo para o uso do pergaminho e do papiro, até chegar ao formato que conhecemos hoje. Nestes tempos bicudos, já se vislumbra um futuro onde aparecem os livros eletrônicos e os audiolivros, por exemplo.

Vivemos uma fase de transição em que o impresso vai, gradativamente, sendo substituído pelo digital. Claro que ainda existem os "analógicos" (como eu), que preferem o "cheiro da tinta e a sensação de tocar o papel..." Mais ou menos como os velhinhos pré-Gutenberg que carregavam seus papiros e pergaminhos embaixo do braço e criticavam aquela novidade que era o livro impresso, afirmando, categoricamente, ser apenas modismo e que iria passar. Não passou, bem pelo contrário, decretou a agonia dos anteriores…

Num tempo em que se fala tanto em preservação dos recursos naturais, por uma questão ecológica, os eletrônicos possibilitam a diminuição do consumo de papel que, em períodos recentes, devastou matas e, quando replantado industrialmente, tira espaço de reflorestamento nativo. Uma das possibilidades é a utilização do papel reciclável. Conserva os recursos naturais, economiza água e energia, assim como reduz os resíduos. Seu desafio são os custos (é mais caro que o papel virgem), a qualidade e a aparência.

Em qualquer dos casos, o importante é estimular a leitura. A diminuição de obras publicadas na linha da ficção (especialmente romances) levou a exercitar a criatividade. A Coreia do Sul, por exemplo, publica histórias para serem lidas em celulares ou tablets, por assinatura. E se dissemina o uso dos audiolivros, especialmente para pessoas com deficiência visual, idosos e doentes.

Quem despreza livros eletrônicos, dizendo que ainda não se popularizou, pode falar o mesmo do impresso. Num país que apoia a leitura no discurso, mas não, na prática, tem-se a grande maioria de brasileiros que, privada do acesso aos livros, pelo custo ou uma educação deficiente, não é estimulada a ler. Típico de estados que não se importam com a educação política de seus cidadãos, convencidos de que precisam ter seus políticos de estimação. Infelizmente, hoje, brigar por “a” ou “b” tornou-se mais importante do que pensar num futuro em que a plena cidadania é a meta e os livros, com certeza, serão o caminho. (Ilustração geradas pela IA Gemini - este e outros textos em manoeljesus.blogspot.com)

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