Sexta com gosto de poesia:
Um dia, tive que seguir o meu rumo.
Ausentar-me foi o tempo de espera pela volta.
Na despedida, as lágrimas contidas
Acabaram transbordando no olhar.
Regressar era a condição definitiva
De aceitar o quanto precisava de ti.
Quando te reencontrei, prometi que,
Desta vez, não haveria nova partida.
Mirar-te não era mais contemplar o viço
De quem está permanentemente energizado.
Somente em teus olhos reencontrei a fagulha
Que mantém a chama da existência.
E, mesmo assim, queria que fosse
Suficiente para aquecer o meu peito.
As marcas da história de uma vida
Cravejadas em teu rosto e em tuas mãos…
Teu abraço ainda tem o gosto
Das brasas mornas que não desistem do calor,
Que somente encontrei contra o teu peito,
Na doçura de um coração eternamente apaixonado.
Jurei que, quando nos faltarem as forças,
mesmo assim, vou pedir que não desistas de mim.
Rezo para que nunca estejas só e
que sempre sejas feliz.
O sentimento de quem alcança a plenitude
Ao ajudar alguém a realizar os seus sonhos.
Mesmo que a gente já não esteja mais neles…
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