É preciso a poda, para o galho rejuvenescer.
É preciso a noite, para que os brotos se formem
E debutem à luz do amanhecer.
É preciso o jardim, para que as flores
Liberem suas cores
Na magia em que se multiplicam as nuances.
É preciso o perfume da manhã, para que
O dia comece mais cedo
E a claridade transforme
Os céus num imenso espelho azul.
É quando se sente o cheiro de primavera no ar.
Ao retornar,
Tem a marca do tempo que se renova.
Há um sorriso que brinca pelos olhos
E transborda pelos lábios.
O sentimento de que se pode ser feliz,
Bastando seguir o rumo da estação.
Onde até mesmo os sentimentos
Rejuvenescem com o bálsamo
Que faz as feridas cicatrizarem por magia.
Faz com que o ar exale o perfume
Que emana da mãe Natureza.
O privilégio de poder
Reservar um tempo para
Namorar a floração fugaz do ipê,
Torcendo para que os ventos esperem.
Encantar-se quando os botões
Fazem companhia às flores das orquídeas.
Esperar com ansiedade
Pelo tempo de plantar as mudas de onze-horas.
Semeia no peito de quem ama
O encanto que fascina.
Emerge dos frios do outono e do inverno
Para os tépidos momentos da primavera e do verão.
A música, que aguarda pacientemente, não fenece.
Espera por um momento de inspiração.
Quando as pessoas querem estar mais próximas,
Sem que se precise de motivo para rir e brincar...
Apenas - e tão somente - amar!
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