Esperar.
Difícil compreender
Quando o andar da vida é marcado
Por tempos que, muitas vezes,
Não nos alcançam o sentido.
Esperar.
O que se aprende quando, enfim,
Se vislumbra a possibilidade de
Entender uma nesga da existência.
Espelhos pelos quais
Se passa e o tempo mostra
A inquietude da idade e,
Por fim, a placidez dos anos
adormecidos...
Segue-se o caudal das vivências,
Onde cada reencontro
Sinaliza um até logo.
Então,
É preciso vencer o medo de dizer
adeus.
Encontrar
A certeza de que
Toda a despedida está grávida de
Um novo reencontro.
Comecei a entender
Quando um olhar silenciou minha voz
E apaziguou meu espírito...
Foi quando sorriste
Que desamarrotei meu riso;
No abraço,
Perdi-me no aconchego do teu peito;
Ao afagar a imaginação,
Partilhando o que sonhaste,
Reacendeu-se o meu próprio sonho!
Esperar e aprender,
Quando foge a compreensão
E, mesmo então,
Sempre tiveste paciência
De aguardar pelo meu momento.
Amadureci quando,
Experimentando o arrependimento,
Ao invés de me demorar mais um
pouco,
Corri até onde imaginei que
estarias...
Olhando ao longe, os grandes
sonhos,
Se perde o gosto por aquilo que
está próximo:
O devaneio
Que vaga na lembrança de uma noite.
Acordar, olhos ainda fechados,
Com o sentimento
De que a distância dói tanto
Que não se cura,
Apenas ameniza com
A aragem do que é expectativa.
Me ensina a não cansar na espera...
E não desistir do que pudemos
Construir como nossos sonhos!
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