sexta-feira, 1 de março de 2024

A palavra que não soube dizer...

Há um lugar sobre o ombro

Em que um rosto se encaixa,

Na combinação perfeita de quem procura

A outra face...

 

Sem que se vejam,

Têm a sintonia dos corações que se afinam,

No que parece ser um pequeno,

Mas se transforma num imenso entalhe!

 


O abraço é a bênção do encontro de corpos,

Na completude das feições que se ajustam,

Quando se testa o pulsar do coração.

O convite para olhar o firmamento

Pelos olhos de quem arrebata os sentidos.

Tempo de entender silêncios,

Suspiros, olhares furtivos,

Que deliciam e parecem estranhos...

 

Queria ter te apresentado às estrelas.

Perdi o tempo,

Tudo mudou rapidamente.

Num dia, caminhávamos juntos,

No outro, seguimos o destino.

Pedi forças para acompanhar teus passos,

Dizer que não podias desistir,

Que acenasse de onde estivesses...

 

Um dia serei apenas o brilho

Que conjura, na bruma do tempo,

O direito de se transformar

Em um corpo celeste.

 

Pois, hoje, é tudo fugaz e etéreo,

Vivendo momentos que,

Pela sua intensidade, é

O bálsamo que ameniza a dor.

 

Dois rostos que não se veem,

O abraço com gosto de

Lembranças e saudades.

A diferença

Quando se acaricia a imaginação.

 

Há palavras que não soube dizer.

E, ao faltarem,

Entendi que se tem

Pouco tempo para amar...

 

Não vale a pena desperdiçá-lo.

No correr do tempo,

Percorrem-se muitos lugares,

Mas se volta

Aonde ficaram as marcas do coração.

 

O portal do paraíso sempre esteve

Nos olhos de quem esperou,

Enquanto se aprendia a amar!

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