o devaneio faz fronteira com a realidade.
No limiar do dia, quando a aurora desperta a cidade,
o instante em que o corpo pede por mais
um tempo de letargia.
a ligação com o Transcendente, palpável,
na dolência que ocupa os sentidos.
Algo se esvai quando ainda se quer mais
uma chance para manter os olhos cerrados...
Acordar é a vida que se torna palpável.
Difícil, quando se vem de um mundo onde
o tempo não aceita relógios, o real não assusta
e o imaginário dá a justa perspectiva do Sonho -
a soma de experiências e anseios,
mesclando as frustrações com o quotidiano
e o que se gostaria de reviver.
Quando se limitam os Sonhos, torna-se prisioneiro do medo.
Que corrói sua essência e impede que desabrochem.
Aprisioná-los é fazer com que feneçam.
Os Sonhos não podem ser engavetados,
eles não cabem na avareza dos nossos limites.
Sonhos podem – e devem - ser regados
com a imaginação e com lembranças.
Sonhos são alimento para o riso e a esperança.
Sonhos devem ser vividos na intensidade do prazer...
Eles se escondem no detalhe.
De um olhar, de um afago, de um carinho,
de uma saudade, de uma ausência,
do que se precisou esquecer ou encobrir…
Quebrar a rotina é quando se faz deles
a razão de se encantar com a vida.
Sem medir o tempo, sem se importar com a dor.
No que se torna um jeito único de ser,
se enamorando do dia que vai nascer,
que ainda é, apenas, um Sonho!
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