O que mais ocorre na campanha eleitoral de Pelotas é a suposta opção sexual dos dois candidatos. Para quem ainda não sabe, não é uma eleição sexual, mas para prefeito da cidade. Portanto, desde que sejam bons e exemplares cidadãos - e creio que os são - não importa suas preferências nesta área, a não ser para quem com eles convive na intimidade.
Nanine (da Grande Família) recusou-se a falar no tema, depois de ter assumido sua homossexualidade. Afirmou: "não saí do armário, porque nunca lá entrei!", para acabar com as perguntas que queriam detalhes, preferencialmente os mais escabrosos, dos seus relacionamentos.
Fico pensando que existem alguns pseudo-liberais capazes de apregoar direitos individuais, arrotarem posturas de defesa destes grupos, mas que não resistem a fazer uma "piadinha" a respeito! Mostram, de fato, que seu lado preconceituoso fala muito mais alto!
Em algumas ocasiões, quando conversei a respeito de sexualidade e celibato, na Igreja Católica, disse que o mesmo vale para um hetero, quanto para um homossexual. O que a Igreja pede é que sublime o sexo para viver com intensidade a sua entrega ao sacerdócio.
A política e a vida pública não pedem isto, somente que se respeite o convívio entre as várias opções, salvaguardando espaços para que cada um tenha o direito à sua liberdade de escolha, indo até o momento que inicia a liberdade do outro.
Neste momento de campanha, os bastidores nos dizem mais do que as vitrines da grande mídia: no caso, o desespero de alguns concorrentes faz desfiar um rosário de calúnias e intrigas que nem a Carminha, em plena Avenida Brasil, foi capaz de fazer!
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