Sempre admirei a expressão “cidadão do Mundo”. Ela teve diversas conotações: em tempos mais remotos, aqueles que podiam se dar ao luxo de percorrer muitos países, em aventuras que beiravam o fantástico; no século passado, figuras que eram de conhecimento público na mídia internacional – das quais conhecíamos as vozes e que, gradativamente, também associávamos à imagem. E, neste terceiro milênio, aqueles que se transformam em formadores de opinião não somente em nível local, mas transcendem fronteiras para seu estado, país, continente e concretizam a assertiva de Mc Luhan: “uma aldeia global”!
Vivo isto diariamente quando o boletim do blogspot (servidor onde tenho minha página) mostra os acessos que tive com predominância do Brasil, mas também com contados dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Rússia, Portugal e Angola (estes dois últimos pela proximidade da língua), mas também Israel, Índia etc.
Hoje, cada vez mais, o autor de um texto somente o tem como propriedade enquanto o está produzindo. Quando apertou a tecla de enviar, assume vida própria e vai fazer o seu próprio destino!
O fato de saber que meus textos circulam em nível internacional dá uma sensação muito boa de provocação: alguém me escreveu dizendo que aquilo que veiculo “tem cheiro de gente”. Num ambiente tão asséptico, entre teclados e monitores, memórias e bits, saber que as pessoas procuram por outras pessoas torna o instrumental aquilo que sempre digo que é: instrumental!
Minha geração vive um momento especial: não mergulhamos inteiramente na informática, mas podemos fazer com que seja mais bem utilizada. Quem sabe, vivendo junto com jovens que só faltam vir com a tecla “enter”, a gente redescubra que este instrumental pode nos ajudar a alçar vôos por espaços fantásticos, ou apenas uma dica de passeio no final de semana, estender a mão para um novo amigo, talvez apenas emocionar com um texto que, se tem cheiro de gente, também quer encontrar gente que o ajude a viver melhor!
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