domingo, 20 de março de 2011

À espera de um abrigo


O calor tolda meus olhos.
No horizonte, uma fina
camada de neblina
brinca entre a vastidâo do campo
e o início do céu.

Definho na lassidäo da espera.
Sinto que o sol, causticante,
brinca em despertar sonhos
que há muito haviam ficado
apenas na lembraça.

Näo encontrei um oasis.
Nada que apaziguasse meu espírito.
Um tempo de entregar-me à terra.
Na espera da noite
que abriga e envolve meu corpo,
meus sonhos.
E minhas lembranças.

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