Não te sintas só quando chegar
O meu dia de partir.
O destino foi o tempo em que eu soube
Me fazer melhor na tua companhia.
Nas noites em que perambulamos à luz da Lua,
Aprendemos que prender um vaga-lume
Entre as mãos é negar a sua sina.
Os céus precisam deles para criar
Pontos luminosos que ofuscam as estrelas.
No voo em meio aos arbustos e às flores ou
Flutuando por sobre as águas da lagoa,
Fazem o mapa da eterna procura.
É no andar da vida que se entende
O quanto doses de amor
Podem ser cura ou um doce veneno…
Depois que o brilho do sol fenece,
Recolhendo-se ao seio da noite,
O mar ainda continua o mesmo.
Predestinado a mostrar que se pode
A amar e ser amado:
A única cura para as feridas do passado,
Recuperando o espírito da criança
Que não desiste e espera dentro de cada um.
Viver pode ser apenas e tão somente
Proporcionar momentos de doçura,
Que são lampejos de felicidade.
Ao exercitar o silêncio, entender que
As palavras que machucam somente
Podem ser curadas por um abraço.
Pois mesmo a dor que anuncia o parto é
A agonia que gera lágrimas de felicidade.
O que se chama de “sina”
Sempre oferece alternativas.
O prazer está em não descartar
Absolutamente nada, enquanto se caminha.
Na junção de muitos rumos,
As escolhas são definitivas.
Lamentar é a negação das próprias predileções,
Os demais rumos e suas oportunidades.
O destino não apaga as possibilidades.
Apenas aponta caminhos e perspectivas.
Faz-se a eterna viagem da vida
Em que se precisa da bússola que direciona,
Mas também de um olhar atento
Para não perder referências.
A distância é o de menos.
Seguindo no rumo das estrelas,
Desbravando rumos ou a capacidade
De não se perder diante das expectativas….
Nenhum comentário:
Postar um comentário