As cartas não chegam mais.
Alguém ainda escreve
Suas "mal traçadas linhas"?
Difícil encontrar
Envelopes carregados pelo carteiro,
Deixados na caixa de correspondência
Ou colocados debaixo da porta.
Os registros de muitos sentimentos:
As paixões, emoções, decepções;
Encontros e despedidas...
Rabiscados, com o perfume de quem escreveu,
Em que se trocavam confidências,
Alimentavam amizades,
Se amenizava a ausência e a saudade.
Anotações perdidas
Em meio às páginas dos livros,
Onde se escondiam pedaços de papel,
Com rascunhos que precisavam
Ser passados a limpo.
Cuidando a caligrafia e o melhor
Jeito de expressar sentimentos…
As cartas chegando…
Depois, amarradas com tiras coloridas,
Formando as memórias
De tudo o que se desejava conviver.
Estendiam braços e abraços
Em direção de quem se gostaria que
Estivesse presente na vida de cada um.
A viagem por um tempo em que
O carinho vinha de longe.
Lembretes, guardados
Com o gosto de uma canção
Murmurada à distância,
Para quem ocupou lugar na memória
E não se quer apagar de nossas vidas…
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