sexta-feira, 29 de abril de 2022

Senhor do meu próprio Destino...

Era apenas o sonho de uma noite de Outono.

A lua foi chegando, ainda durante a tarde,

sem alarde e sem que alguém prestasse atenção.

Antecedeu o desfile de corpos celestes

que pontuariam o firmamento.



Aqui e ali um pássaro se acomodou na copa de uma árvore,

para dormir ou procurando um lugar melhor

que permitisse contemplar o espetáculo que se anunciava.

Na barra que tingiu o horizonte,

o Sol insistia em se manter presente,

multicolorindo a sua despedida.



A curiosidade e o encanto

não permitiam que tirasse os olhos dos céus.

Quedei-me em silêncio,

ao pressentir a grandiosidade dos

astros e estrelas que venciam o breu da noite.



Por horas fugidias, a Lua se apresentou como protagonista,

tendo, no seu corpo de baile, artistas que

não se importavam se tinham brilho próprio ou não.

Apenas desfilaram as Três Marias, a Menina, a Carina, a Maya, a Mira...

E, por fim, quando já ameaçam os primeiros raios do Sol,

a eterna dama da madrugada, a Estrela Dalva.



Quando o sono pesou os meus olhos,

o melhor caminho foi seguir, dentro da noite.

À espera de que, do outro lado da escuridão, surgisse a aurora,

com a promessa de um novo dia.



No tempo em que a escuridão adensa e a noite se despede,

o sereno da manhã me encontrou preso no meu próprio abraço.

No limiar do sonho, o derradeiro encanto:

faço parte desta imensidão que beira ao Infinito.

O Universo que me acolhe murmura:

o caminho por entre astros e estrelas

é o desafio de me tornar Senhor... do meu próprio Destino!

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