sexta-feira, 8 de abril de 2022

As paisagens e as marcas das lembranças

O tempo que passa é o grande fiador das nossas histórias.

Acumulam-se memórias de vivências, pessoas e lugares.

Tornamo-nos depositários das saudades que marejam nossos olhos.



Um grupo de jovens que percorre a serra e desce

em direção ao Rio das Antas.

Acima, um céu azul com um calor que acaricia a pele,

aproveitando o Inverno.

Abaixo, a incerteza, uma nuvem por

onde se passa, espreitando o caminho...



Final de tarde em Itá.

Depois de muitas andanças e boas risadas,

os últimos suspiros do Sol em frente à lagoa

com os serros emoldurados por raios

no reflexo das águas e dos campos.



O trem que margeia o rio leva crianças de todas as idades.

Mistura música, comida, conversas,

o gosto de uma manhã de domingo, depois da chuva,

com seu cheiro de mata esgueirando-se pelas janelas.



Andar acompanhado pelas margens da lagoa,

serena, coberta pela cerração dos primeiros frios de Outono,

ocultando o horizonte, preenchendo finitudes,

onde a estrada tem mais caminho andado do que por se percorrer.



Memórias são murmúrios dos tempos passados.

Quando menos se espera, retornam e fazem um carinho na alma.

Nas lembranças, os lugares percorridos são molduras,

eternizando aqueles que marcaram nossas vidas!

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