domingo, 20 de dezembro de 2020

“Partilhando”, com o gostinho de estar com você...

Quando iniciou a pandemia, comecei a pensar num projeto de interação e informação, especialmente com o público cristão/católico. Fiz as primeiras conversas com o Lupi, coordenador de comunicação da Arquidiocese de Pelotas, e se pensou em formatar uma live de entrevistas. Sabíamos a quem nos dirigir, mas não tínhamos ideia de como delimitar as pautas e o formato. Embora fosse “chapa branca”, por ser oficial da igreja Católica, foi pensado para ser informativo, com notícias e a participação de quem nos auxiliasse a aprofundar conteúdos.

Felizmente (ou infelizmente, para quem desejava um espaço “bem-comportado”), a definição foi se dando a cada programa, evoluindo pelas mensagens e assumi (ou tomei conta?) a função de ser o mediador, que não apenas repassa perguntas e comentários, mas faz os próprios, e brinca com um público que, na maior parte das vezes, já é conhecido de outras andanças da igreja. Somam-se aos novos participantes que entraram no espírito e passaram a dar importantes e ricas contribuições, surgindo como a luz do Espírito Santo que refez o que meio que foi pensado inicialmente...

Em tempos de pandemia, nascia a live “Partilhando”, que se tornou, no dizer de alguns, programa esperado, o espaço de “sala” onde convivem os donos da casa com as visitas, mas também permite que os donos da casa alcem voos e se desloquem até as casas dos entrevistados. Rapidamente, os convidados entraram no espírito da coisa e contaram histórias, lembraram de lugares por onde passaram... e foram brindados com o carinho de quem não os via há longo tempo e guardava uma saudade contida de tempos e eventos em atividades paroquiais, pastorais e sociais.

Brincamos, nos divertimos, provocamos as pessoas, mas também tivemos momentos de ternura, de histórias em que, se ouviu depois, “eu não sabia”, com a oportunidade de rever padres como o Florêncio, Estêvão, Caponi… O arcebispo de Pelotas, dom Jacinto; os bispos de Montenegro, dom Carlos, e de Bagé, dom Cleonir (falta ainda dom Ricardo, de Rio Grande, que fica em pauta para 2021)… ver novos religiosos atuando na Diocese, como em São Lourenço do Sul e Pedro Osório… mas também ouvir as narrativas dos párocos locais de como estão se virando durante a pandemia…

Um nome especial nesta saga se chama Lupi. Um quase doutor (iniciou o doutorado agora), professor de Matemática, com grande capacidade de lidar com as redes sociais e uma paciência infinita para tratar com “manueis” e todas as castas religiosas que, no frigir dos ovos, não são muito fáceis de serem atendidas… Em alguns momentos, junto com o Tales e o Augusto, na técnica, e o contato e marcação de entrevistas. No ar, ou nos bastidores, é a cara do equilíbrio e bom-senso, com sensibilidade para perceber a oportunidade e a importância das pautas, ou deixar em banho maria…

Nova lista para 2021: Santuário de Guadalupe, Campanha da Fraternidade e ação ecumênica, apresentar para as novas gerações padres que fizeram história (Cláudio Neutzling, Mário Prebianca, Flávio Weissmann, entre outros). Contar “causos”, informar, sorrir, emocionar, brincar, fazer do “Partilhando” a família que se reúne às quartas, mas o gostinho se derrama pela semana… tendo um complemento: “com você”. Afinal, partilhar é a semente mais segura para se alcançar a felicidade. Deus o abençoe. Deus a abençoe. Deus nos abençoe. Feliz Natal. Vamos estar juntos em 2021!

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