Um dia para lembrar de todos nós. Porque todos somos pedestres, antes, mesmo de sermos motoristas, por exemplo. Pena é que estejamos esquecendo disto. A preferência passou a ser pelos veículos de locomoção, transformando estradas intermunicipais e mesmo as ruas da malha urbana em autêntico caos.
Pelotas, por exemplo, é uma cidade plana. Esta fator deveria fazer com que se desse valor aos passeios públicos para pedestres e bicicletas. Não é o que acontece: o leito das ruas é alargado e, cada vez mais, pedestres e ciclistas tem que lutar pela própria sobrevivência.
Para quem acha que é exagero, tente atravessar uma das grandes avenidas, mesmo onde há faixa para pedestre, acreditando no respeito aos seus direitos. Possivelmente, não chegará ao outro lado, porque se uns param, outros ainda ficam incomodados pela "impertinência" de quem se atravessou em sua frente.
Dia destes, na rua General Osório, via um senhor que mostrava aos motoristas que, ali onde ele estava, havia uma faixa para pedestres. Nenhum parou.
Gosto muito da expressão "mobilidade urbana". Mas, creio, ela ficou restrita à máquina e não ao ser humano. No dia do pedestre, um alerta e a necessidade de conscientização: valorizar quem anda pelas ruas - ou pedala - é dar maior qualidade de vida à própria sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário