As cunhadas de Nossa Senhora, tias de Jesus Cristo - irmãs de São José - me deram a alegria de trabalhar uma tarde e uma manhã os processos de comunicação. Abrimos com Comunicação e Igreja, vendo a relação dos meios com a instituição; continuamos com a comunicação pessoal; passamos pela Igreja e Comunicação, o que a instituição pode fazer com os meios; e chegamos ao que hoje é notícia.
Tenho o costume de levar power points motivacionais. Dois chamaram a atenção: "Pilares", de Miro Saldanha, onde busca nos valores religiosos e sociais o direito de educar os próprios filhos. Mas a minha surpresa ficou por conta de uma Via Sacra - os últimos passos de Jesus antes da morte e ressurreição - em espanhol, mostrando a saga de muitos africanos tentando fugir da fome e das agruras de seus países, mas sendo deportados ou morrendo na tentativa de chegar a outros países ou mesmo à Europa. Ficou melhor ainda porque uma irmã boliviana fez a leitura, com a intensidade que o tema tem.
Mas não é somente no que passam africanos, mas também em muitos países latino-americanos e centro-americanos, além das migrações internas dos países - como vemos de muitos pequenos e pobres municípios em busca de melhores condições de vida e onde, quase sempre, ficam os pais e avós, sedentos por reencontrar pessoas amadas.
O desafio de olhar para todos os migrantes é também o desafio de uma igreja que deveria, mais do que olhar para Roma, olhar para os passos do jovem Galileu que percorreu com seus apóstolos caminhos inóspitos mas nunca deixou faltar um gesto de solidariedade e de compreensão. Minhas novas amigas, se para vocês foi um desafio e restaram muitas perguntas, para mim foi a alegria de ver gente que não se acomoda, como dizia a música que utilizamos: "ando devagar, porque já tive pressa, levo este sorriso, porque já chorei demais". São as marcas que deixamos e aquelas que levamos pelo caminho.
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