Os professores ligados ao Estado do Rio Grande do Sul resolveram em assembléia entrar em greve pelo piso salarial da categoria, com outras reivindicações em segundo plano. Contestar é um direito de qualquer categoria, mas também tem que se ver a forma de fazê-lo e, se peitando o "patrão", não acaba sobrando para a parte mais fraca que, neste caso, é o aluno.
Esta greve é uma greve política (óbvio, toda a atividade humana é política), tentando delimitar forças para futuras negociações, mesmo que o governo que hoje ocupa o Palácio Piratini seja o mais próximo possível do espectro ideológico da direção do Centro dos Professores.
Sei que toda a comparação é manca, mas a greve, neste momento, causando tanto prejuízos a todos, menos ao governo, parece com o caso da babá que pede aumento de salário, não consegue, e passa a descuidar da criança sobre a qual tem responsabilidade.
Porque não encontrar novas formas de contestação? Recentemente, duas categorias o fizeram. Os professores da rede privada fizeram uma "greve" no domingo! Queriam mostrar que a carga de trabalho fora da sala de aula é muito alta e que merece atenção. Também a brigada teve manifestações criminosas em que pneus foram queimados, bonecos foram espalhados e até artefatos explosivos estiveram em lugares próximos à sede do governo. Uma, criativa, a outra, de forma bandida, mas diferentes.
Somente no Brasil, dizemos que uma lei não pegou. Também, aqui, temos uma greve furada. Embora o ponto seja cortado para quem fez greve, o gosto de derrota fica para a sociedade que escuta discursos inflamados e "bem intencionados", mas acaba, literalmente, pagando a conta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário