A manchete de Zero Hora da segunda-feira - 07 de novembro - era o número assustador de municípios aonde o Crack já chegou. Esta droga superou o consumo das demais e faz um rastro de estragos em todos os meios, não deixando escapar desde crianças - especialmente aquelas que estão em situação de risco - até pessoas idosas, com problemas financeiros ou afetivos.
Mas me impressionou um relato que ouvi numa roda de como tinha sido divertido terem dado, durante um almoço de final de semana, um copo de cerveja para uma criança de 9 anos. Havia ficado muito "engraçadinho". Não achei graça nenhuma na história. Infelizmente, muitos de nós já tem problemas no convívio com as chamadas drogas legais - álcool e cigarro, por exemplo - e não nos damos conta de que somos parâmetro e referência para as crianças e jovens. Embora sempre se ache que sabemos quando parar, o mesmo não acontece com a criança que começa cedo a ingerir bebida alcoólica ou a fumar.
Estamos em tempo de dar exemplo. Não adianta querer, depois, acabar com o mal. É muito mais difícil. O melhor, mesmo, é prevenir. Quanto mais distante deixarmos crianças e jovens desta possibilidade, mais chances terão de não ter problemas no futuro.
Afinal, não há expressão mais dolorosa no rosto de uma criança de rua, que fuma uma droga, do que um olhar que não tem esperança e que não vê futuro. Vamos cultivar, então, uma vida diferente para nossos filhos e, se não conseguimos nos afastar das drogas lícitas, ao menos que tenhamos o juízo de afastá-las deles.
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