“Vire a página”.
Na placidez de um momento
Em que a serenidade se faz presente,
Quando a leitura prossegue
Adoçada pelo murmúrio da imaginação.
Vão passando por sob os dedos,
Instigando o
Encanto dos personagens que tomam vida,
Os ambientes e as paisagens que se reconstroem,
O mergulho possível pelo mundo da fantasia…
Sem que se perceba
A vida dá, muitas vezes,
A oportunidade de folhear um livro especial.
Desde a possibilidade de se saber que
A leitura continua da obra
Encontrada num sebo, livraria,
Biblioteca ou entre pertences
Guardados para algum momento futuro.
Virar a página é garantia de que
Valeu a pena continuar, insistir e não desistir.
Da mesma forma que se
Enfrentam momentos difíceis,
Quem sabe os que nas memórias
Serão os mais sublimes,
Marcando etapas,
Superando as próprias resistências.
O momento certo de trocar a página
É pleno de convicções e desafios.
Não basta apenas apelar para a razão,
Precisa ter a marca da intuição,
Dos sinais que os sonhos,
Vívidos e sarados,
Deixam no próprio coração.
“Virar a página” é cerrar os olhos
E viajar por mundos de cumplicidade.
Pode ser
A fagulha na mata que incendeia,
Ou, quem sabe,
Uma réstia de fogo no olhar
Despertado por uma paixão.
“Virar a página” é
Aceitar que os sentimentos são diferentes
Para quem se desafia a viver a magia das letras.
Mergulhar no que o autor sentiu,
Sabendo que não se emerge
Sem a tatuagem dos silêncios impronunciados.
O fragmento do que é efêmero
Gravando no espírito a melancolia
Do que fica sempre por ser alcançado…
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