domingo, 29 de novembro de 2020

Natal e ano novo: para não perder a fé e a esperança


As comemorações das festas de final de ano, desta vez, serão atípicas. A situação financeira, pessoas infectadas e mortas, preocupação com o que pode acontecer deixam marcas de angústia que precisam ser vivida com aquilo que ainda nos resta da fé... Nós, cristãos, somos especialistas em esperança. Toda a vez que alguém diz que está enviando energia positiva para ajudar a curar feridas, retribui-se com o que se tem de melhor: a confiança em Deus que coloca um patamar diferente na capacidade de viver a própria esperança!

O Natal e a virada de ano são tempos para serem vividos como aqueles em que se diz: são difíceis, alguns ficaram pelo caminho, viveram-se momentos em que não se sentia e sequer se achava que houvesse uma luz no caminho... A resposta tem que estar na capacidade de cada um de não esperar pelo outro para fazer a sua parte. As próprias fragilidades, muitas vezes, comparadas com as do outro são insignificantes e mostram, apenas, que não se conseguiu deixar de orbitar em torno do próprio umbigo... 

A voz alegre do outro lado quando se faz chamada de surpresa é recompensa pelas vezes que se pensou em ligar mas achou que não se conseguiria falar... a mensagem enviada para saber se tudo estava bem é respondida rapidamente, parecendo que o outro estava ao lado, temeroso, mas esperançoso de que se teclasse e acolhesse nas poucas e simples palavras com seus erros e abreviações... A conferência reúne quem amamos e fazem falta, com sorrisos, brincadeiras e o carinho de que tanto se precisa.

A amiga que preparou a casa para o Natal contou que foi colocando cada coisa no lugar com uma oração e precisando tornar o coração mais leve... Ao montar a árvore, lembrou da explicação do pastor, sobre Martinho Lutero. Passeava à noite no inverno pela floresta e ficou encantado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve, ornados com a luz das estrelas. Voltou para casa e quis repartir com a família o encantamento que tinha presenciado. Estava surgindo, ali, uma das mais belas tradições cristãs.

Na porta, colocou a guirlanda, que, lhe contaram, surgiu em Roma. Acreditavam que presentear alguém com ramo de planta trazia saúde, motivo pelo qual enrolavam diversos galhos, desejando que a família se mantivesse unida e ficasse bem. A Guirlanda de Natal também representava o desejo de sorte, e, pendurada na porta, é vista como um convite para que se viva o espírito natalino, que, se espera, já esteja presente naquela casa. Este ano que sua família estaria longe, precisaria mais do que nunca de que seu coração estivesse vacinado - e protegido - pelo espírito natalino...

Faltava montar o presépio. Sempre fizera aquilo com os filhos e netos... Uma amiga católica lhe dissera que era uma lembrança de São Francisco de Assis que fez o primeiro para mostrar a beleza da cena ao povo. Pediu ajuda para a vizinha e os filhos. Brincando e conversando, o tempo passou e a representação do nascimento de Jesus ficou pronta: houve um silêncio diante das pequenas imagens e luzinhas. A mão da menina que segurou a sua garantia: pode até ser um Natal e Ano Novo difíceis, mesmo assim, haverá de ser o desejo de que não se perca a fé e a esperança e se consiga ter um abençoado recomeçar em 2021!

Nenhum comentário: