Entidades em nível nacional - Ordem dos Advogados do Brasil e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entre outras - estão à frente de uma nova campanha pela ética na política: a proibição das votações secretas no Congresso Nacional, que tem sido a razão de muitas ações sorrateiras - veja-se a votação para caçar o mandato da deputada de Brasília, Jaqueline Roriz, que foi flagrada em vídeo recebendo propina, tendo seu mandato mantido por maioria assustadora.
As votações secretas, assim como atos secretos que o Congresso se dava ao direito, tornam difícel o processo de transparência. Bem ao contrário, acertos excusos são encobertos por falsos discursos de moralidade, assustando a desfaçatez com que se fala uma coisa e se faz outra.
Depois do movimento nacional pelo Ficha Limpa - ainda não plenamente implantado por aqueles recursos de difícil compreensão, tanto em nível do Congresso, quanto em nível da Justiça - que evitaria candidaturas de pessoas que estivessem sendo julgadas, agora é a vez de se avançar no controle que a sociedade tem o direito de obter através de votações transparentes.
As entidades estão fazendo o seu papel. No entanto, cabe à sociedade dar-lhe respaldo e solidez, não deixando que, passado um primeiro momento de mobilização pela mídia, entre num estágio de marasmo. A mobilização passa por todas as idades. Deveríamos levar as crianças para as ruas, incentivando-as ao espírito cidadão; motivar os jovens a defenderem seus direitos; darmo-nos os braços entre os adultos e mostrar aos idosos que também têm os seus direitos a serem defendidos.
Estas duas lutas - o ficha limpa e a votação transparente - são apenas o começo. No mesmo espírito da Revolução Farroupilha - liberdade, fraternidade e igualdade - é um processo permanente de uma sociedade amadurecida que cobra de seus representantes que também lutem, preguem e vivam princípios fundamentais para a vivência em sociedade.
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