sexta-feira, 11 de abril de 2025

O amor que não se grita…

As carências são sempre frustrações que 

Sentimos ao faltar alguém que nos proteja.

Quando crianças, a segurança está em

Erguer os olhos e encontrar com os da mãe;

Na maturidade, a descoberta e o

Encontro de uma amizade ou parceria de vida;

Na velhice, a carência das carências,

Ansiar pelas mãos estendidas por quem bebeu

Conosco da mesma fonte do amor...

 

Como o sonho da borboleta

Que se plenifica de luz enquanto eclode o casulo,

Tentando compreender porque se desvencilhar

Do que é proteção para alçar voo pelos jardins.

Flutuar não é apenas e tão somente um instinto,

Mas a necessidade de alcançar novos horizontes.

O que satisfazia no que foi abrigo,

Se transforma em expectativa,

Num tempo em que mudança e transformação

Giram a roda da vida e aceleram a emoção.

 

Deixar o aconchego da primeira morada

Não é mergulhar no caos.

Pode ser a harmonia do que ainda não se compreende.

Encantado pela canção que teima em ficar na memória,

No abraço pelo qual se suspira,

No aspirar por novas cores e formas.

A sinfonia dos sentidos que se harmonizam,

Intuindo a própria partitura.

A certeza de que o amor não precisa ser gritado,

Apenas penetrar pelos sentidos e

Concretizar a metamorfose dos sentimentos…


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