sexta-feira, 18 de abril de 2025

Abre os olhos, Senhor!

Abre os olhos, Senhor.

Os homens rememoram 

A tua agonia, paixão e morte.

O triste filme da dor e da desesperança

Passa diante dos olhos:

Os amigos ausentes no último momento, 

A Mãe consumindo as forças para te acompanhar,

A solidão do caminho, cercado pela multidão.

Olhar sobre a história e ver que outros te abandonarão... 


O tempo não passa.

A agonia do lugar de onde tens a derradeira 

Visão da humanidade que sempre te preocupou. 

Em meio à dor dos pregos na crucificação, 

Sentes a dor da incompreensão. 

Os curiosos, os desafetos, 

O pequeno grupo assustado de

Quem Te ouviu sem Te compreender 

E por isso mesmo pensam que é o fim.


Abre os olhos, Senhor. 

No sepulcro, estás cercado pelo silêncio e pela solidão. 

Serão três dias para harmonizar a tua divindade. 

É o tempo da espera.

A preparação que custou a imersão na vida do homem,

Entregando a própria existência 

Para jogar luz sobre a humanidade.

A promessa da vitória sobre a morte, a certeza 

De um encontro marcado por Ti no tempo da Eternidade!


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