Não peça desculpa novamente.
Precisamos de um tempo para
Sondar nossos mundos interiores.
Sou surpreendido por nuances
Que revelam aspirações e pesadelos.
A ânsia por desvelar um ao outro.
No meio do caminho há ruídos que assustam,
Sem que sejam suficiente para nos afastar.
Meus fantasmas não têm pressa.
Ainda acreditas que uma
Outra metade está esperando por ti?
Pois é, aguardei ao lado do caminho,
E agora sei como é ficar sem a pessoa que se ama.
Quando paro diante da porta dos meus medos,
Percebo que o tempo passando
Me deu a aparência de maturidade.
Em lugares onde a consciência não alcança
Aprisionou-se um menino
Que esticou o olhar para a juventude,
Sem ter coragem de viver com um adulto.
A ausência das tuas palavras foi a falta
Do abraço que sussurrava por meu corpo.
Eram murmúrios não entendidos,
Sentidos na agonia de te compreender…
Errar e ser perdoado é inerente ao amor.
O tempo ensina que as palavras não faladas
Também portam a compreensão e carícias
De quem se atrapalha ao multiplicar o que é dito.
Um silêncio cúmplice encerra a compreensão.
Apazigua a alma, serena o corpo,
Eleva o espírito ao patamar da beleza interior,
Tornando um olhar travesso pleno de doçura.
Mesmo que seja um amor atrapalhado.
Pedir perdão, quantas vezes for necessário,
Por mal-entendidos, teimosias,
O afastamento que endurece o olhar.
O direito à cumplicidade,
Quando as desculpas se tornam desnecessárias,
A intimidade dispensa formalidades,
Bastando apenas aconchegar o ser que se ama…
O calor do Sol que somente tu consegues me dar.
A certeza de que amar é o que dá sentido à vida!
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