Os ventos dobram a esquina do tempo.
Apresentam-se desnudando o verão,
Açoitando os braços,
Marcando os rostos e
Os olhos congestionados lacrimejam.
Seu murmúrio despoja as árvores,
Enquanto o primeiro sereno se dissolve ao sol
E o outono cinzela o dia com tons que aconchegam.
Sem a exuberância da primavera,
Transtornam o passar das horas, lentamente,
Fazendo a noite aconchegar-se mais cedo
E a manhã espreguiçar-se mais tarde.
Quando outona, fecham-se janelas e cortinas
No desejo de que a casa mantenha o calor humano.
Crepitando ao aquecer as mãos,
Enquanto a lenha estala no fogo,
O aconchego que faz bem ao corpo e ao coração…
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