Foi melhor do que a encomenda… Duas semanas atrás, refez o convite que foi prontamente aceito, já pedindo orientações de como fazer para entrar no ar. O Lupi chegou a pensar em convidar um seminarista para acompanhá-lo e dar assistência técnica durante a entrevista. Não foi necessário, ele mesmo acionou o notebook e o que aconteceu a partir do momento em que se iniciou a transmissão foi uma avalanche de carinho, com lembranças de pessoas que haviam convivido com ele, felizes por revê-lo, ainda mais por sentir que, ali, continuava o bom e velho padre Aldo!
“Querido padre Aldo”, “amado padre Aldo” foram algumas das expressões que as dezenas de mensagens trouxeram pelas redes sociais para tornar pública a admiração por uma figura que respeitou o que sempre se pede: “não se dá aula, não se faz palestra, não se dá catequese”. Queríamos ter a alegria de tomá-lo pela mão e levar até a sala da casa de cada uma das pessoas que interagiam conosco. E foram muitas, nas casas mais simples, nos apartamentos de todas as áreas da cidade, assim como nos lugares onde se encontravam lideranças religiosas de todos os tipos.
Como diria o Clésio: “faltou tempo”. Queria ter lembrado do meu ingresso no Seminário, quando o conheci e ficava afastado, já que era um jovem padre vindo de formação no exterior, com presença nos meios universitários. Mas… o padre Aldo foi o primeiro que teve uma televisão no Seminário e, depois da janta, um grupinho escapava do recreio e ia assistir ao noticiário, que iniciava antes das 20 horas, horário consagrado para novelas. Infelizmente, às 21 horas, tocava o sino e precisávamos nos recolher. Alguns chegavam a sair de marcha ré, para, ainda, assistir uma última cena…
Mas foi do professor Cilon Rodriguez, ao registrar que sentia “saudade do meu reitor e diretor espiritual!”, que vieram memórias de histórias contadas na sala dos professores do Campus II da UCPel. Hilárias, como só o Cilon sabe contar. Numa ocasião em que era coroinha, ainda pequeno (o que ainda o é), precisava segurar um livro pesado e, numa pausa, pensou que havia terminado, fechando o livro. A sorte é que o padre Aldo viu e foi, rapidamente, abrir no lugar marcado. Dom Antônio teria sussurrado: “menino pateta!” Ao que o Cilon, prontamente, respondeu: “Amém!”
Não faço justiça ao citar nomes, mas o padre Aldo está no patamar de um Cláudio Neutzling, Régis Brasil, Martinho Lenz… e tantos outros que não utilizam dos seus estudos como um lugar para se fazerem de diferentes. Ao contrário, facilitam a vida das pessoas, ao usar o conhecimento apenas como um instrumento – o outro é o próprio testemunho – para viverem a sua entrega a Deus. Como muitas mensagens registraram, a gente ficaria por muitas horas aproveitando o seu bom humor, os detalhes brincalhões, o seu jeito bonachão e acolhedor de fazer uma santa e abençoada partilha!
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