O último domingo (1º), marcou o início do tempo do Advento para os cristãos. Quatro semanas até que chegue o Natal, a festa do nascimento de Jesus Cristo. Pode ser, como a maior parte das pessoas faz, tempo de compras, dar presentes, fazer refeições que envolvam familiares e amigos. Mas para quem tem um espírito de fé e religioso é um período de preparação e espera. Um clima especial que provoca mais tolerância, mais acolhida, mais interesse por aqueles com as quais convivemos...
Três histórias que se pode viver com um público tão especial, como os idosos, por exemplo: a mãe tem Alzheimer. O filho diz que se "aprovalece" da situação para brincar: "mãe, já disse que te amo, hoje?" A mãe pensa um pouco e responde que não. Ele a cobre de beijos e murmura enquanto ela sorri: "eu te amo, eu te amo, eu te amo..." Passado algum tempo, a mesma pergunta... e a mesma resposta. Garante que é uma forma de "acumular" as vezes que não foi capaz de dizer palavras tão simples para pessoa tão especial na sua vida e o quanto vai sentir falta de fazê-lo quando ela se for.
Os meninos e meninas do CTG Patrulha do Rio Grande, de Santo Antônio da Patrulha, fazem parte do Natal do Bem de uma emissora de televisão do Estado. Além da coleta solidária, foram desafiados a interagir com moradores de uma casa geriátrica. O aprendizado: aproximação, diferenças, necessidades e a grande possibilidade de convivência... e de carinho. A apresentação foi uma mescla de nostalgia e saudade: a certeza de que há histórias a serem compartilhadas, que não podem e nem devem ser esquecidas. A força está no refrão: "gratidão é um bem. Eu quero repartir contigo!"
Na fila de atendimento, o rapaz do caixa contou que os pais estão com 87 anos e Alzheimer. Numa das ocasiões em que ficou de cuidador, a mãe assistia a um filme de Natal, num momento de lucidez, que infelizmente, seu pai já não tem. Perguntou: "filho, o que é Natal? Foi só um instante para responder: "é a gente dizer um "eu te amo", de forma muito especial". Foi até a cozinha e ao voltar percebeu que a mãe estava em pé, indo para a cama. Como sempre fazia, chegou por trás do marido, no sofá, encostou seu rosto no dele e disse: "feliz Natal, meu velho, feliz Natal!"
Um mês para viver o espírito das festas de final de ano... Prepare a casa, a ceia, os enfeites, os presentes, compre roupa nova... Faça o "Natal" que você tiver vontade de fazer. Mas deixe um tempo para você. Quando tudo parecer um "doce tumulto" à sua volta, acarinhe amigos e familiares como um agradecimento a Deus, já que, de uma forma ou de outra, são bênçãos do Menino que chega. E no ouvido de cada um daqueles que são especiais - ou que estão mais necessitados - apenas murmure: "eu te amo. Que tenhas um abençoado Natal|!"
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