Nos últimos anos, o Brasil criou um sistema público de castas. Aqueles que ali se instalaram não querem saber de mudanças. Até falam nelas, mas sempre dão um jeito de que não se concretizem. Licitamente - embora se possa questionar moralmente - conseguem benesses que estão longe de ser concedidas aos trabalhadores. Legais e quem tem não quer perder. E quem não tem? Este é o problema... Anseia por ter!
Uma máquina que vem parando. Inchou e se tornou autofágica, basta-se a si mesma, mas não cumpre seu papel: serviço à sociedade - saúde, educação, segurança, transporte, moradia... As discussões que grenalizam a política distraem e fazem a sociedade perder o foco: paga-se por um serviço que não se tem. E paga bem! Discutir qual o político preso ou como se comportam os juízes da Suprema Corte é torcida de futebol, onde a razão dá lugar ao passional.
O Brasil tem um Congresso Nacional inoperante, incapaz de fazer o elementar: sistematizar as leis, consequentemente, dá margem a interpretações, ministros que fazem uma disputa de beleza diante das câmeras e bancas de advocacia que faturam rios de dinheiro. A Constituição de 88 não é nenhuma maravilha, mas foi feita para um momento de redemocratização. Precisávamos de mentes esclarecidas que a aperfeiçoasse. Não aconteceu. Tanto por parte do setor público, quanto da iniciativa privada, o que se viu foram lobbys que a transformaram em um Frankstein!
Em outubro, acontecem eleições. Não temos uma população politicamente consciente, mas, uma maioria silenciosa que age em alguns momentos e faz a diferença. Quem sabe? Se encontrar um político pensando nestas eleições, esqueça-o. Procure um que ajude a pensar no futuro, especialmente na educação de seus filhos.
Eles vão sofrer as consequências de nossos atos. E, sim, nós podemos. E devemos reencontrar o caminho da dignidade. Embora muitos torçam o nariz, os políticos somente chegaram a este ponto porque muitos "bons" se omitiram. Como diz o ditado: "depois do leite derramado... não adianta reclamar!"
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