Revisitando meus textos (2008)
O seu Chico passou por um momento muito difícil, quando perdeu o filho e, em seguida, a esposa. Embora tentasse rezar a oração do terço, a caminho do trabalho, os dedos teimavam em não percorrer as contas do rosário e, na dor, restava apenas a triste lembrança e buscar esperança cantando o refrão religioso: “se as águas do mar da vida quiserem te sufocar, segura na mão de Deus e vai”.
Tenho um sobrinho que até os dez anos praticamente não tinha interesse algum pela música, no entanto, na febre do padre Marcelo, um dia o peguei cantarolando uma daquelas canções em que anjos e “erguei as mãos” se misturam. Tive que mudar de opinião: não é uma questão de gostar ou não de um determinado cantor, artista - padre ou não. O que vale é a capacidade de atingir a sensibilidade de alguém e convencê-la a cantar.
Mas foi assistindo à abertura das Olimpíadas na China que me deparei com um atleta gigante conduzindo uma criança mirrada, abrindo a grande delegação chinesa. Curioso, fui buscar informações a respeito. A história é memorável: o pequeno herói foi uma das milhares de vítimas de um terremoto, quando sua escola foi derrubada, sendo sua sala soterrada, mas, com as paredes escoradas, todas as crianças sobreviveram! Sem nenhum adulto, o menino lembrou-se de reunir seus coleguinhas e cantar, o que acalmou as crianças e indicou aos bombeiros a sua localização. E para o pequeno isto não foi suficiente: depois de resgatados, lembrou que ainda ficaram mais duas, que estavam a um canto, em função de ferimentos. Escapuliu das autoridades e foi em sua busca!
O que as três histórias têm em comum? A música, confirmando o dito popular de que “quem canta, seus males espanta”. Possivelmente, cada um conheça casos em que a melodia teve o efeito de tranquilizar, motivar, ou ainda livrar de algum peso. Tem a música assobiada, murmurada, entoada embaixo do chuveiro, ou cantarolada em momentos estranhos porque “grudou” na memória.
A música do agito, despertando cada fibra em nosso corpo; a que absorvemos como o murmúrio de um rio que levanta nosso olhar em direção ao horizonte; ou mesmo a que nos pede apenas o silêncio para entrarmos em sintonia com o Absoluto. Sou movido por música. Gosto de ouvi-la em cada momento do meu dia, certo de carregar esta energia positiva: dar força em momentos difíceis, criar situações novas, despertar energias que sequer julgamos possuir. Ou ser - apenas - uma canção!
Tenho um sobrinho que até os dez anos praticamente não tinha interesse algum pela música, no entanto, na febre do padre Marcelo, um dia o peguei cantarolando uma daquelas canções em que anjos e “erguei as mãos” se misturam. Tive que mudar de opinião: não é uma questão de gostar ou não de um determinado cantor, artista - padre ou não. O que vale é a capacidade de atingir a sensibilidade de alguém e convencê-la a cantar.
Mas foi assistindo à abertura das Olimpíadas na China que me deparei com um atleta gigante conduzindo uma criança mirrada, abrindo a grande delegação chinesa. Curioso, fui buscar informações a respeito. A história é memorável: o pequeno herói foi uma das milhares de vítimas de um terremoto, quando sua escola foi derrubada, sendo sua sala soterrada, mas, com as paredes escoradas, todas as crianças sobreviveram! Sem nenhum adulto, o menino lembrou-se de reunir seus coleguinhas e cantar, o que acalmou as crianças e indicou aos bombeiros a sua localização. E para o pequeno isto não foi suficiente: depois de resgatados, lembrou que ainda ficaram mais duas, que estavam a um canto, em função de ferimentos. Escapuliu das autoridades e foi em sua busca!
O que as três histórias têm em comum? A música, confirmando o dito popular de que “quem canta, seus males espanta”. Possivelmente, cada um conheça casos em que a melodia teve o efeito de tranquilizar, motivar, ou ainda livrar de algum peso. Tem a música assobiada, murmurada, entoada embaixo do chuveiro, ou cantarolada em momentos estranhos porque “grudou” na memória.
A música do agito, despertando cada fibra em nosso corpo; a que absorvemos como o murmúrio de um rio que levanta nosso olhar em direção ao horizonte; ou mesmo a que nos pede apenas o silêncio para entrarmos em sintonia com o Absoluto. Sou movido por música. Gosto de ouvi-la em cada momento do meu dia, certo de carregar esta energia positiva: dar força em momentos difíceis, criar situações novas, despertar energias que sequer julgamos possuir. Ou ser - apenas - uma canção!
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