Uma amiga contou que teve duas experiências de sonhar com pessoas que já haviam falecido. Em ambas, o que as distinguia da forma como ela vê as pessoas que estão vivas era que a cor da pele parecia mais opaca do que a normal. Conversamos a respeito, do que estaria na origem destes "sonhos", se algo ligado ao sobrenatural ou se apenas alguma brincadeira do nosso subconsciente.
Depois, nos perguntamos porque não temos coragem de falar com muitas pessoas a respeito. Por um simples motivo, estas experiências não são consideradas "científicas", portanto, coisa de pessoas atrasadas ou, indo mais longe, de "loucos".
Pois acho que, em nível de fé, estamos precisando mais de "loucos" do que de cientistas. Há pessoas que confundem o fato de terem uma religião com a necessidade de buscar explicações. Esquecem que o sentido de fé é exatamente daquilo que supera o que podemos manusear com nossas mãos ou com a capacidade de raciocínio.
Uma fé com todas as explicações não é fé, passou a ser ciência, portanto, perdeu o seu sentido. A fé nos leva para além, aceitar, conviver, deixar que se insira no nosso quotidiano algo que é maior, o Divino, com o nome que lhe quisermos dar.
Todas as explicações de contato com aqueles que morreram fica no plano da experiência pessoal: ninguém voltou para contar como é do outro lado, quais são os caminhos, ou mesmo para confirmar aquelas experiências de "quase morte".
Então, é respeitar a caminhada de cada um, conviver com os vivos, mas sentir que nos faltam aqueles que se ausentaram. Não sofrer por eles, fazem parte de um outro plano, devem ter as suas formas de resolver os seus problemas. A nós, em qualquer tempo, nos basta saber que estamos vivos, fazendo a aventura mais fantástica que o ser humano pode fazer: buscar insensantemente a felicidade.
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