Porto Alegre, Pelotas e muitos outros municípios vivem tempo especial: a Feira do Livro está na praça. Embora muitas bobagens, de que a praça (que é do povo), deveria ser melhor cuidada, não creio que exista outra forma de melhor tratá-la do que trazendo o livro para a praça, para sentir seu cheiro, folheá-lo, ou apenas fazer um bom e belo passeio.
As feiras estão incrementadas por espaços de apresentação musical e cultural, mas também momentos em que crianças de todas as idades possam participar de sessões de autógrafos, leituras coletivas e o exercício da arte, em papel e canetinhas.
A praça é do povo, embora, infelizmente, o livro ainda não o seja. Seu preço ainda passa longe do bolso da maioria dos brasileiros, o que auxilia, em muito, ao nosso baixo nível cultural, assim como a baixa média de leitura nacional. Mas quem for persistente e se aventurar nos cestos que estão mais distante das áreas de circulação, vai encontrar os sebos com preços acessíveis, onde estão, muitas vezes, livros usados ou de edições mais antigas.
Na praça que respira Primavera, o encontro do povo com o livro, alimentando, a cada ano, a certeza de que temos ainda um longo caminho para um desenvolvimento da cultura popular, mas que vale a pena, porque é o jeito da nossa gente se apropriar do seu próprio destino.
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