Jefferson pregou a luta armada, ataque aos poderes e desrespeito às instituições. Deu entrevistas e postou vídeos onde “incita a prática de crimes” (com orientação de como grupos usarem armas) e “ofender a dignidade e o decoro de ministros do STF, senadores e integrantes da CPI da covid 19”. O petebista é governista inveterado… Esteve ao lado dos presidentes Collor, Lula e se distanciou quando teve interesses prejudicados. Dono da sigla, afastou as maiores lideranças do seu partido.
Teatral, fareja o cheiro de poder. Parece que a expressão popular de que “o diabo é sábio não porque é diabo. O diabo é sábio porque é velho!” não se aplica ao político. Condenado por corrupção, saiu disposto a conturbar a cena pública e atiçar a polarização que tem sido nefasta à política brasileira. O PTB criado por Getúlio Vargas - e que a ditadura não deixou retornar a Leonel Brisola – acabou se tornando mais uma das siglas que se prestam a serem coadjuvantes dos processos políticos.
Numa conversa que tive com grupo de idosos, lembro ter dito que as pessoas não se tornam melhores porque envelhecem. Elas ganham mais experiência e, possivelmente, mais sabedoria. Esqueçam a segunda parte para o político em questão. Seu comportamento tem beirado sempre o limite da ilegalidade quando usa o partido para ataques à democracia, incitamento à violência, por uso de armas e doutrinação de como se aparelhar e se comportar contra “adversários”.
A legislação brasileira é competente para tipificar crimes. Mas é considerada tolerante para que especialistas jurídicos tencionem seu uso. Andrei Thomaz Oss-Emer reproduziu no Facebook informação de que, na Alemanha, um homem levantou o braço em saudação nazista, provocando grupo de direitos humanos e refugiados. Um policial se aproximou, abaixou o braço do fascista e informou que será processado. Por lá, saudar nazistas e torturadores dá três anos de prisão.
Na polarização política, está faltando bom senso. Gastou-se muito tempo com a cortina de fumaça chamada voto impresso. É hora de trabalhar e reparar estragos da pandemia e o atendimento aos problemas sociais que já se acumulavam… A questão não é ter razão, mas sensibilidade para o sofrimento alheio. Na luta de línguas afiadas da política, enquanto “grandes discussões” se dão junto a mesas fartas e sofisticadas, um quarto da população vive em pobreza ou extrema pobreza. Quer apenas um lugar para dormir, um prato de comida e um agasalho que a proteja do frio…
Nenhum comentário:
Postar um comentário