A partir de segunda – 5 de agosto – tivemos novidades no rádio de Pelotas. Pela Rádio Tupanci, entre 9h30m e 10 horas, vai ao ar o programa “Agenda Tupanci – com o professor Manoel Jesus”, dosando informação, análise e reflexão.
Até o início deste ano, fazia minhas participações às segundas e sextas, num breve comentário pela mesma emissora, no programa do professor Jorge Malhão. Com a mudança de estrutura da manhã, acreditei que não encaixava na dinâmica da nova programação.
Foi quando recebi o convite de produzir e apresentar um programa de meia hora de caráter jornalístico. Como diz o jargão do gaúcho: “cachorro que come ovelha, só matando”. Por um motivo bem simples, vai acabar comendo outras ovelhas. Então não tem remédio.
Porque a comparação? Para quem algum dia já trabalhou em rádio, sabe que é bem assim: fez rádio um dia, o sonho de voltar a trabalhar neste meio vai ser um desafio pelo resto da vida! Ainda cursando a faculdade, no final da década de 70, tive uma oportunidade de fazer jornalismo pela Rádio Universidade, produzindo o programa “Pelotas 13 Horas”, assim como os noticiários da manhã e do meio-dia.
Minha experiência durou três anos, mas possibilitou um treinamento para aguçar o sentido da informação e procurar ser o mais objetivo possível no trato com a notícia. Sempre que tinha oportunidade, voltava à frente da “latinha”, que me levou, também, a participar do UCPel Notícias, da TV UCPel, e a fazer comentários em coberturas eleitorais.
Agora, o desafio é outro, pois os tempos são novos e abrem espaços para que a informação se dê não apenas pelo faro apurado do repórter, mas também pela interatividade da internet que permite transformar todas as pessoas em “potenciais repórteres de rua”.
As novas tecnologias estão aí, oferecendo e-mails, redes, torpedos para que se tenha a informação e o serviço o mais rapidamente possível e, depois, pautar o repórter que vai procurar a notícia mais aprofundada.
Para não dizer que já sou um “jornalista velho”, vou dizer que já sou um “jornalista rodado”, mas que aceita buscar no rádio o velho encanto que sempre tem o seu valor, desde aquele agricultor que trabalha com um radinho pendurado no arado, até o garotão que potencializa as ondas das emissoras em seus fones de ouvido.
Uma vez disseram que a televisão iria matar o cinema e que acabaria com o rádio. Em novos tempos em que a internet permite ouvir emissoras de todo o Mundo, é bom fazer um rádio que trata da sua paróquia, mas que tem uma abrangência expandida por aqueles que matam saudades da sua terrinha, buscando uma informação que não está na grande mídia, mas que trabalha o pequeno mundinho de cada um!
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