domingo, 9 de setembro de 2012

Futebol e o tempo que passa

Um treinador já disse que o "futebol é uma caixinha de surpresa". Pensei nisto quando conversei com o Hélio, que me atende na Farmácia São João, gremista dos quatro costados, a respeito do jogo de ontem (sábado), contra o Corintians, que já eram consideradas favas contadas. Pois não é que o resultado contrariou a lógica e o Grêmio foi batido por três a zero?
Bem que desejei tocar uma flauta hoje pela manhã, mas quando passei pela Farmácia, em direção ao hospital, onde fui cuidar da dona França até o meio-dia, ainda estava fechada. Pena, creio que a graça de ser gremista ou colorado, como dizia o radialista Lauro Quadros "é que gremista, mais do que gremista é anti-colorado e colorado, mais do que colorado, é anti-gremista".
Já vivi bons momentos acompanhando futebol: nos anos 70, quando o Inter foi três vezes campeão nacional, inclusive, muitas vezes, estando dentro do estádio. Hoje, me contento em assistir jogos pela televisão, por diversos ângulos e tendo a vantagem de ver os lances novamente.
Era a respeito disto que falava ontem com o Charles: as comodidades que temos dentro de casa nos acomodam e dão chance de preencher por atividades lúdicas muitos momentos, até hoje, ociosos.
Talvez este seja o motivo que, ao longo do ano, reclamamos por parecer que o tempo passa muito rapidamente. É verdade, pois o ocupamos em maior intensidade, não sei se com mais qualidade. A reclamação é que se combina um reencontro de amigos, mas passam-se dias, semanas, às vezes meses sem que ninguém se movimente para concretize o combinado.
No entanto, nestes dias de convívio em hospital, é que se tem a noção exata do tempo: ele não passa! Fico, então, com a outra alternativa, pois, ao menos, ter o tempo preenchido dá a sensação de que a vida continua.

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