A manchete do jornal Zero Hora da última segunda destacava que nove entre dez motoristas respeitam as leis do trânsito. Que bom. Imaginem se fosse ao contrário: se 10% fazendo o que fazem já tornam o trânsito caótico, aumentar este número causa até medo.
Emissoras de rádio estão veiculando um slogan interessante: "antes de ser um motorista, você é um pedestre". Perfeito. Se eu quero que cuidem de mim, porque não posso cuidar dos outros? O problema é que o motorista esquece disto e vê no carro o instrumento do machismo. Porque as estatísticas mostram que a grande maior parte dos que morrem no trânsito são homens. E homens jovens?
Infelizmente, embora estes números sejam positivos, o que fala mais alto são as mortes, os traumas, as sequelas deixadas em acidentes, na maior parte causada por excesso de velocidade, a multa disparada nos números levantados.
Consciência e fiscalização têm que andar juntos. Um trânsito mais humano depende da ação de todos. Ser gentil numa faixa de segurança é uma ação que dá prazer. E que também mostra para aquela criança que está atravessando a rua pela mão da mãe o modo certo de dirigir. Na direção não está alguém que precisa mostrar que é "macho", mas que deseja um trânsito mais humano, capaz de dar alegrias num convívio saudável.
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