Sexta-feira (03 de setembro), marcou a data em que o Mundo tomou conhecimento de que, durante a 2ª Guerra Mundial, o regime Nazista Alemão, utilizou pela primeira vez, em campos de concentração, a câmera de gás para matar seus supostos adversários: judeus, ciganos e homossexuais. Um dos maiores crimes cometidos contra a humanidade dizimou famílias inteiras e praticou experiências pseudamente científicas.
Este fato foi o motivo para que fosse escrito um belo livro: O Menino do Pijama Listado. Em síntese: um garoto é filho de um oficial alemão transferido para trabalhar num campo de concentração. Uma realidade nova, completamente diferente da Berlim, onde morava, tendo a casa junto a um imenso muro gradeado e coberto por rolos de arame farpado. Seu espírito de aventura leva-o a caminhar ao longo da cerca.
Um dia, surpreende-se porque, do outro lado, está também um menino, da sua idade – cerca de sete anos - com um “pijama listado” (roupa de prisioneiro). O relacionamento é desenvolvido a partir do que existe em cada um de seus mundos: o pequeno alemão que perdeu as regalias do convívio com outras crianças de seu povo e o pequeno judeu que, nos últimos anos, somente recorda da vida sem liberdade.
O judeu diz que seguidamente as pessoas lá de dentro saem para viajar e não voltam. O alemão diz que nunca viu ninguém sair de lá: com mala ou sem malas. O destino, vai mostrando o livro, eram as câmeras de gás. Não posso contar o desfecho que é, ao mesmo tempo, belo e profundamente triste, quando, para provar a sua amizade, o alemão veste a roupa de prisioneiro e entra no campo de concentração.
É triste que ainda hoje existam lutas pelo mesmo motivo: econômico, sacrificando vidas em frentes de guerra ou em campos e cidades que são devastadas por falsos princípios democráticos. Quando falarem que há guerras justas, não acredite: as guerras não são religiosas, étnicas ou sociais, são feitas por grupos que, no final das contas, ganham muito dinheiro. Pena é que elas deixam, no seu rastro, muitos sacrifícios: inclusive de crianças que não tiveram o direito de viver a própria vida.
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