domingo, 20 de julho de 2025

O derradeiro acalento

Simplesmente assim:

Há um recanto na casa onde 

O derradeiro raio de Sol alenta um espírito

Inquieto, que contempla os estertores do entardecer.

Ali, o silêncio segue o ritmo

Marcado pelo murmúrio do vento, 

Embalando as folhas das janelas, 

Na música que faz trilha aos devaneios. 

Mãos cruzadas sobre uma manta, no colo, 

Quando o infinito habita o olhar de quem 

Se divorciou da esperança e a cura chega 

Quando se aceitam os momentos de solidão...


O derradeiro acalento remexe as brasas, 

Persistindo em ainda sonhar com o aconchego.

No pó que flutua em frente à janela,

Os braços se envolvem mitigando a dor da solidão.

Não há sons, sequer se ouvem ruídos das ruas. 

O tempo se mira no espelho 

Com o gosto do que escapa por entre os dedos, 

A sensação de que se perdeu 

A oportunidade de acreditar em um novo alvorecer…

(Com imagem gerada pela IA Gemini)

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