A Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica desenvolve uma campanha pública à qual deu o nome de “Calçada Legal”. Seu objetivo é conscientizar proprietários de imóveis e a sociedade em geral da necessidade de maior cuidado com este espaço que, se é de circulação pública, é de manutenção dos proprietários de terrenos e imóveis. Inicialmente, a campanha tomou fôlego em Pelotas, mas, sabe-se, precisa se desenvolver em todas as cidades, não importando seu porte, pois em sempre encontramos algum tipo de problema.
No cotidiano das pessoas, além de ser um espaço de visualização estética, pois permite a manutenção de árvores, arbustos e flores, também é por onde se estabelecem diversas formas de convívio, onde se espera uma caminhada segura, prazerosa, melhorando a qualidade de vida das pessoas, em qualquer idade, do idoso que sabe poder andar com sua bengala, à criança que brinca.
Hoje, infelizmente, andar pelas calçadas é um grande desafio. Em grande parte, por uma conservação deficiente, onde não faltam buracos, pisos irregulares, colocação de resíduos, desníveis, assim como estacionamentos irregulares, quando as ruas são excessivamente estreitas. Há espaços onde o acúmulo de detritos ou restos de obras transformam os passeios em autênticos gargalos, perigosamente capazes de propiciar o desequilíbrio e quedas para pessoas mais idosas ou aqueles que têm alguma disfunção.
O propósito é nobre: “caminhar é uma das atividades mais saudáveis para o ser humano e uma das práticas mais enriquecedoras da vida urbana... precisamos olhar nossas calçadas e perceber a necessidade de agir a fim de que tenhamos uma cidade melhor para todos, tornando cada vez mais belos nossos espaços de convivência”.
Recentemente, quando diversos condomínios começaram a se estabelecer ao redor de minha casa, em reuniões com o poder público, a grande reclamação era com relação às obras de infraestrutura. Numa intervenção afirmei que era, sim, necessário cobrar da Prefeitura, mas que também deveríamos fazer a nossa parte na conservação para que os pedestres se educassem em usar as calçadas, ao invés do leito da rua!
Tenho andado por cidades pequenas, médias e grandes. Em todas, inclusive aquelas que recebem fluxo de turismo, encontramos problemas com relação à conservação das calçadas. A campanha é pertinente, porque precisamos ver seguros nossos idosos quando querem apanhar um pouco de sol ou encontrar vizinhos; crianças que podem jogar bola de gude, ou andar em suas bicicletas, ou aqueles que sabem que, por ali, terão uma caminhada prazerosa e segura. Não dá para se furtar, pequenos gestos podem fazer a grande diferença. E este é um: torne a sua calçada legal!
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