Na minha quase aposentadoria, tenho privilegiado encontros de motivação com aqueles que estão na chamada “terceira idade”. Entre reclamações com a marcação de consultas, esquecimento de medicação ou de atenção por parte de amigos e parentes, surgem outras grandes demandas: viver mais somente tem sentido se a pessoa encontra o seu próprio caminho para viver com qualidade, na capacidade de suas ações, plenamente ocupada e tendo perspectivas de alcançar algum objetivo.
No Centro de Extensão em Atenção à Terceira Idade (CETRES) da Universidade Católica de Pelotas realizamos durante este primeiro semestre uma oficina – que se repetirá no próximo – de Espiritualidade. Um grupo fiel de cerca de 15 pessoas, além de encontrar um tempo para rezar, também fez tardes de estudos sobre as pessoas históricas que construíram o Cristianismo.
No encerramento, fomos tirar uma tarde na praia do Laranjal (corajosos em enfrentar o frio, o vento e, como diziam lá fora, “um céu emburrado”) com direito a um passeio e brincadeiras. Nos instrumentos de ginásticas instalados para que crianças e adultos tenham alternativas de complementar a sua caminhada, a noção de que todos já encontraram uma forma de cuidar do próprio físico.
Lembrei que, na Academia na qual tento encolher uma barriga adquirida com alguns anos de excessos, o Pablo sempre diz que entrar em forma depende de exercícios aliados a uma boa alimentação e qualificar o viver do dia a dia. Correto. Era exatamente a impressão que eu tinha daqueles que, ali, não viam nenhuma novidade, a não se o fato de se exercitarem ao ar livre!
Confessei que tinha aceitado o convite para realizar a Oficina somente para contentar uma amiga – a Marli – que de outra forma iria me encher a paciência por muito tempo! Mas que tinha que reconhecer que eu fora “convertido”. E como não o ser se cada um fazia de sua participação um ato de sacrifício prazeroso de deixar suas casas, discutir temas que, confessavam, “nunca tinham visto desta forma”?
Pois neste semestre conseguimos fazer dois tipos de ginástica: a física, através do aquecimento e de pequenas brincadeiras; mas também a intelectual, provocativa para o conhecimento em qualquer etapa da vida, mesmo naquela em que se julga não precisar de mais nada.
É exatamente aí que a capacidade do ser humano se regenera. A eterna curiosidade e espírito disposto a embarcar em novas aventuras bombeiam a adrenalina necessária para viver e qualificar relações num momento em que o silêncio se faz parceiro e os muitos momentos de solidão têm que deixar de ser um fardo para ser um bom companheiro.
terça-feira, 25 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
“Um filho teu não foge à luta”
Postei, dias atrás, no Facebook, que a Internet estava dando a chance de acompanhar a notícia de ângulos diferentes que o da grande mídia. Aqui está um: o movimento nacional pela moralização do setor público. Vamos com calma, pessoal, não é apenas quem é a favor ou contra, ou quem é do "bem", ou quem é "baderneiro". A sensação de que os governos não atendem àquilo que as pessoas esperam é muito forte! Esta era uma bomba relógio que iria explodir mais cedo ou mais tarde.
Fiquei acompanhando os meios de comunicação a respeito das manifestações: para milhares de pessoas ordeiras que representam a muitos de nós, uns poucos baderneiros mereceram mais atenção, pois fazem o “espetáculo” desejado por certas mídias! Creio que estes não fazem a regra, mas a exceção. E quem os orquestra? Não há como descartar: podem ser os próprios políticos que estão se sentindo sem lugar onde pisar e desviam o foco para manter seus privilégios.
Vamos combinar que a criatividade dos cartazes é algo que encanta! Quando os políticos e alguns meios de comunicação dizem que é um movimento sem liderança, eles sabem que não é assim: quem lidera tem um nome que eles adoram em tempo de campanha, mas que, depois, transformam em pano de chão: "povo". Respeitem-nos, pois somos o "povo brasileiro"!
Estamos a pouco mais de um ano das eleições: precisamos fazer com que este espírito de insatisfação vá desaguar nas urnas. Sonho? Sim, sonho que pode virar realidade! Não é ser situação ou oposição. Isto tem outro nome: indignação! Senhores políticos honestos tenham grandeza para fazer um "minha culpa" e se poderá mudar a cara deste país!
Quando falam em "oposição", a gente pensa: "oposição, quem, cara pálida". Os políticos que se aproximaram do movimento, logo foram afastado. E a oposição, pelo jeito, vai a reboque! Então é dizer que o movimento não tem propostas definidas e consistentes. Tem sim: vergonha nacional! Especialmente, que tenhamos políticos e administradores honestos e competentes.
Veja-se o caso da vaia a presidente Dilma no primeiro jogo deste campeonato caça níquel chamado de “Copa das Confederações”: Se quem pagou 500 reais para assistir ao jogo vaiou e também os chamados "baderneiros" - fazendo manifestação na rua - é difícil deixar de pensar que "existe algo de pobre no reino da Dinamarca (Brasil)"? E o questionamento que não quer calar está nos cartazes e inquieta nossa consciência: “Pronto, já temos estádios de primeiro Mundo. Falta construir um país de primeiro Mundo ao redor deles”!
Fiquei acompanhando os meios de comunicação a respeito das manifestações: para milhares de pessoas ordeiras que representam a muitos de nós, uns poucos baderneiros mereceram mais atenção, pois fazem o “espetáculo” desejado por certas mídias! Creio que estes não fazem a regra, mas a exceção. E quem os orquestra? Não há como descartar: podem ser os próprios políticos que estão se sentindo sem lugar onde pisar e desviam o foco para manter seus privilégios.
Vamos combinar que a criatividade dos cartazes é algo que encanta! Quando os políticos e alguns meios de comunicação dizem que é um movimento sem liderança, eles sabem que não é assim: quem lidera tem um nome que eles adoram em tempo de campanha, mas que, depois, transformam em pano de chão: "povo". Respeitem-nos, pois somos o "povo brasileiro"!
Estamos a pouco mais de um ano das eleições: precisamos fazer com que este espírito de insatisfação vá desaguar nas urnas. Sonho? Sim, sonho que pode virar realidade! Não é ser situação ou oposição. Isto tem outro nome: indignação! Senhores políticos honestos tenham grandeza para fazer um "minha culpa" e se poderá mudar a cara deste país!
Quando falam em "oposição", a gente pensa: "oposição, quem, cara pálida". Os políticos que se aproximaram do movimento, logo foram afastado. E a oposição, pelo jeito, vai a reboque! Então é dizer que o movimento não tem propostas definidas e consistentes. Tem sim: vergonha nacional! Especialmente, que tenhamos políticos e administradores honestos e competentes.
Veja-se o caso da vaia a presidente Dilma no primeiro jogo deste campeonato caça níquel chamado de “Copa das Confederações”: Se quem pagou 500 reais para assistir ao jogo vaiou e também os chamados "baderneiros" - fazendo manifestação na rua - é difícil deixar de pensar que "existe algo de pobre no reino da Dinamarca (Brasil)"? E o questionamento que não quer calar está nos cartazes e inquieta nossa consciência: “Pronto, já temos estádios de primeiro Mundo. Falta construir um país de primeiro Mundo ao redor deles”!
domingo, 16 de junho de 2013
Atendimento médico: o lobby e o caos
Durante os protestos acontecidos em diversos centros durante a realização da chamada “Copa das Confederações”, um dos cartazes chamava a atenção: “quando precisar internar seu filho, procure uma das arenas que o governo financiou”. Este é um mote para chamar a atenção dos poderes públicos não apenas para a área da saúde, mas de todas aquelas em que o governo é displicente (educação e segurança, por exemplo), mas também aquelas em que deveria ter o controle e manter a chave dos cofres públicos afastada de corruptos e corruptores – construção dos grandes complexos e financiamento de parcerias com a iniciativa privada.
No entanto, soma-se aos problemas enfrentados em postinhos e área de urgência e emergência algo mais sério: a falta de médicos que desejam trabalhar para o Serviço Único de Saúde – SUS. Se for o caso de terem que servir no interior, então é o caos! Mas não é preciso ir longe, já nas periferias das grandes e médias cidades o serviço é precário, quando existe.
Um lobby muito forte das associações médicas quer transformar a medicina em carreira de estado, assim como já são, na área jurídica, o atendimento do poder Judiciário. Concordo, desde que o mesmo se possa fazer para professores, engenheiros... e tantas outras carreiras para as quais também os profissionais são mal remunerados e fogem de se afastar dos grandes centros.
Mesmo concordando, para qualquer profissão – aqui a dos médicos – deveria haver algumas ressalvas. Primeira: todo aquele que cursar uma universidade federal, recebendo estudo de graça, deve passar o mesmo período de tempo em qualquer cidade do interior, designado pelo poder público. Segundo: é necessário que faça um estágio junto à ONG Médicos Sem Fronteira. O objetivo seria humanizar uma profissão que, hoje, na sua maioria, negocia salários e esquece o juramento que fez em salvar vidas! Terceiro: sendo carreira de estado, ao ser nomeado, deveria ficar ao menos por dez anos no mesmo lugar e não usar de subterfúgios para, depois de um ano, receber sua transferência!
Sendo assim, meu total e incondicional apoio! Fiquem certos, poderíamos ter bons profissionais, cumprindo com a sua missão, sendo bem (creio que muito bem) remunerados, prestando um serviço que hoje nem pode ser classificado de deficiente, pois, em muitos casos, é inexistente. Por favor, vamos parar de bravatas e fazer uma negociação séria. Nesta quebra de braço entre governo e entidades médicas, somente nós é que perdemos, em muitos casos, com sequelas graves, quando não com a perda de vidas. E, nestes casos, recorre-se a quem? Ao bispo?
No entanto, soma-se aos problemas enfrentados em postinhos e área de urgência e emergência algo mais sério: a falta de médicos que desejam trabalhar para o Serviço Único de Saúde – SUS. Se for o caso de terem que servir no interior, então é o caos! Mas não é preciso ir longe, já nas periferias das grandes e médias cidades o serviço é precário, quando existe.
Um lobby muito forte das associações médicas quer transformar a medicina em carreira de estado, assim como já são, na área jurídica, o atendimento do poder Judiciário. Concordo, desde que o mesmo se possa fazer para professores, engenheiros... e tantas outras carreiras para as quais também os profissionais são mal remunerados e fogem de se afastar dos grandes centros.
Mesmo concordando, para qualquer profissão – aqui a dos médicos – deveria haver algumas ressalvas. Primeira: todo aquele que cursar uma universidade federal, recebendo estudo de graça, deve passar o mesmo período de tempo em qualquer cidade do interior, designado pelo poder público. Segundo: é necessário que faça um estágio junto à ONG Médicos Sem Fronteira. O objetivo seria humanizar uma profissão que, hoje, na sua maioria, negocia salários e esquece o juramento que fez em salvar vidas! Terceiro: sendo carreira de estado, ao ser nomeado, deveria ficar ao menos por dez anos no mesmo lugar e não usar de subterfúgios para, depois de um ano, receber sua transferência!
Sendo assim, meu total e incondicional apoio! Fiquem certos, poderíamos ter bons profissionais, cumprindo com a sua missão, sendo bem (creio que muito bem) remunerados, prestando um serviço que hoje nem pode ser classificado de deficiente, pois, em muitos casos, é inexistente. Por favor, vamos parar de bravatas e fazer uma negociação séria. Nesta quebra de braço entre governo e entidades médicas, somente nós é que perdemos, em muitos casos, com sequelas graves, quando não com a perda de vidas. E, nestes casos, recorre-se a quem? Ao bispo?
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Textos apócrifos na Bíblia 2
Apócrifos na Bíblia? O cânon da Bíblia é formado por 73 livros. Foi a Igreja Católica, sob a inspiração do Divino Espírito Santo, que determinou o cânon dos livros inspirados por Deus e, assim, podemos ter certeza que todos os livros da Bíblia são verdadeiramente inspirados. Mesmo assim, a Bíblia faz referências a passagens que se encontram somente em livros apócrifos. Dois bons exemplos podem ser vistos nas referências que já fizemos aos avós de Jesus – Santa Ana e São Joaquim – assim como aos três reis magos.
Classificação dos apócrifos - Assim como os livros canônicos estão classificados pelo gênero literário, também os apócrifos podem ser classificados segundo seu gênero. Já dissemos que os apócrifos foram escritos entre 200 a.C. e 350 d.C. e que eles podem ser distinguidos como pertencentes ao Antigo ou ao Novo Testamento.
Assim, os livros do Antigo Testamento podem ser classificados em:
1. Históricos: são os que pretendem contar certos fatos históricos sobre o povo eleito, a grande maioria expressando a esperança da vinda do Messias prometido.
2. Proféticos: são aqueles que falam dos acontecimentos que devem acontecer num futuro eminente ou no fim dos tempos (apocalípticos).
3. Exortativos: são os que falam sobre a sabedoria e dão bons conselhos.
Já os livros do Novo Testamento podem ser assim classificados:
1. Evangelhos: são os escritos que falam unicamente sobre a vida, as obras e os ensinamentos de Jesus Cristo.
2. Atos: são os que se dedicam a falar sobre os fatos, as obras e os ensinamentos de um ou mais apóstolos na missão de pregar o Evangelho.
3. Epístolas: são escritos atribuídos ao próprio punho dos apóstolos.
4. Proféticos: são apocalipses que narram os últimos acontecimentos, o juízo final e o triunfo de Cristo.
Valor dos apócrifos - se, por um lado, os apócrifos não possuem a verdadeira doutrina de Cristo e de sua Igreja, por outro lado têm grande valor histórico, pois demonstram as correntes ideológicas (religiosas e morais) do período em que foram escritos.
Os apócrifos do Novo Testamento apresentam diversos aspectos da era pós-Cristo. Algumas ideias são conformes com o reto ensinamento da Igreja como, por exemplo, a virgindade e a assunção de Maria, a descida de Cristo aos Infernos e a divindade de Jesus. Outros esclarecem pequenos detalhes que não foram abordados pelos Evangelhos canônicos, como o nome e número dos reis magos, os nomes dos pais de Maria, o nome do soldado que traspassou a lança em Jesus, a morte de São José na presença de Jesus, a apresentação de Maria no Templo de Jerusalém e a sua morte assistida pelos apóstolos, alguns outros milagres de Jesus, etc...
Alguns apócrifos:
• Do Antigo Testamento:
Livro dos Jubileus, livro de Adão e Eva, Salmos de Salomão, Terceiro Livro dos Macabeus, Quarto Livro dos Macabeus, Apocalipse de Baruc, Ascensão de Isaías, Assunção de Moisés, etc...
• Do Novo Testamento:
Evangelho de Pedro, Evangelho de Tomé o Dídimo, Evangelho de Filipe, Evangelho dos Hebreus, Atos de Tomé, Atos de Paulo e Tecla, Carta dos Apóstolos, Apocalipse de Paulo, Proto-Evangelho de Tiago, etc... (Fonte: Padre Chrystian Shankar)
Classificação dos apócrifos - Assim como os livros canônicos estão classificados pelo gênero literário, também os apócrifos podem ser classificados segundo seu gênero. Já dissemos que os apócrifos foram escritos entre 200 a.C. e 350 d.C. e que eles podem ser distinguidos como pertencentes ao Antigo ou ao Novo Testamento.
Assim, os livros do Antigo Testamento podem ser classificados em:
1. Históricos: são os que pretendem contar certos fatos históricos sobre o povo eleito, a grande maioria expressando a esperança da vinda do Messias prometido.
2. Proféticos: são aqueles que falam dos acontecimentos que devem acontecer num futuro eminente ou no fim dos tempos (apocalípticos).
3. Exortativos: são os que falam sobre a sabedoria e dão bons conselhos.
Já os livros do Novo Testamento podem ser assim classificados:
1. Evangelhos: são os escritos que falam unicamente sobre a vida, as obras e os ensinamentos de Jesus Cristo.
2. Atos: são os que se dedicam a falar sobre os fatos, as obras e os ensinamentos de um ou mais apóstolos na missão de pregar o Evangelho.
3. Epístolas: são escritos atribuídos ao próprio punho dos apóstolos.
4. Proféticos: são apocalipses que narram os últimos acontecimentos, o juízo final e o triunfo de Cristo.
Valor dos apócrifos - se, por um lado, os apócrifos não possuem a verdadeira doutrina de Cristo e de sua Igreja, por outro lado têm grande valor histórico, pois demonstram as correntes ideológicas (religiosas e morais) do período em que foram escritos.
Os apócrifos do Novo Testamento apresentam diversos aspectos da era pós-Cristo. Algumas ideias são conformes com o reto ensinamento da Igreja como, por exemplo, a virgindade e a assunção de Maria, a descida de Cristo aos Infernos e a divindade de Jesus. Outros esclarecem pequenos detalhes que não foram abordados pelos Evangelhos canônicos, como o nome e número dos reis magos, os nomes dos pais de Maria, o nome do soldado que traspassou a lança em Jesus, a morte de São José na presença de Jesus, a apresentação de Maria no Templo de Jerusalém e a sua morte assistida pelos apóstolos, alguns outros milagres de Jesus, etc...
Alguns apócrifos:
• Do Antigo Testamento:
Livro dos Jubileus, livro de Adão e Eva, Salmos de Salomão, Terceiro Livro dos Macabeus, Quarto Livro dos Macabeus, Apocalipse de Baruc, Ascensão de Isaías, Assunção de Moisés, etc...
• Do Novo Testamento:
Evangelho de Pedro, Evangelho de Tomé o Dídimo, Evangelho de Filipe, Evangelho dos Hebreus, Atos de Tomé, Atos de Paulo e Tecla, Carta dos Apóstolos, Apocalipse de Paulo, Proto-Evangelho de Tiago, etc... (Fonte: Padre Chrystian Shankar)
Textos apócrifos na Bíblia 1
Qual a importância dos apócrifos? - Escritos entre o período intertestamentário e os primeiros séculos do Cristianismo, os apócrifos sempre confundiram as primeiras comunidades cristãs por causa de algumas doutrinas estranhas e também por receberem autoria de personagens bíblicos famosos. Quando a Igreja resolve definir o cânon das Sagradas Escrituras, a partir do séc. IV, pouco a pouco os apócrifos vão caindo no esquecimento até desaparecerem. Contudo, nas últimas décadas têm sido descobertos diversos desses escritos que, mesmo não pertencendo à Bíblia, nos mostram as divergências da época e esclarecem detalhes não apresentados pelos livros canônicos. Mas por que a Igreja, os críticos e pesquisadores não os aceitam. Por acaso a Bíblia estaria completa?
Canônicos x apócrifos - A palavra apócrifo deriva do grego apocryphos. A princípio, significava algo oculto, secreto ou escondido, mas com o passar do tempo, passou a ter sentido de heresia ou de autenticidade duvidosa. Ao contrário, a palavra canônico origina-se do grego kanon, significando regra ou medida. É a palavra que indica a lista dos livros inspirados por Deus, que compõem a Bíblia e são aceitos sem contestações pela Igreja.
A maioria dos livros apócrifos foram escritos por volta de 200 a.C. até 350 d.C, nos mais diversos locais: Palestina, Síria, Arábia, Egito... Em contraste com os livros canônicos, os apócrifos não eram lidos nas igrejas (e sinagogas), pois a grande maioria apresentava ensinamentos heréticos e doutrinas falsas; tinham a finalidade de defender ideias de certos grupos isolados. Principalmente por não receberem crédito da Igreja oficial, os apócrifos foram desaparecendo juntamente com as seitas que os usavam e defendiam.
Uma observação importante: os livros canônicos estão classificados em protocanônicos, que são aqueles livros cuja autenticidade a Igreja jamais questionou, e deuterocanônicos, que são aqueles que foram aceitos pela Igreja após alguns debates que se prolongaram até o séc. IV. É interessante saber que os protestantes chamam os livros deuterocanônicos de apócrifos e os livros apócrifos de pseudoepígrafos, que quer dizer falsa autoria. Saber isso é de suma importância para os católicos porque, como os livros deuterocanônicos contradizem algumas de suas doutrinas, foram retirados de suas Bíblias como se fossem falsos.
As descobertas recentes - As duas maiores descobertas de escritos apócrifos se deram em 1945, na região de Nag Hammadi (Alto Egito) e em Qumran (Palestina), nas grutas do Mar Morto, onde existia nas imediações uma comunidade de israelitas separados, conhecidos como essênios, que formavam um grupo à parte do judaísmo. Vez ou outra, escutamos alguma notícia relatando o descobrimento de algum outro escrito, mas nenhum, até o momento, foi tão significante quanto os achados de Nag Hammadi e Qumran.
A Bíblia estaria incompleta? É a primeira pergunta que se faz quando se faz nova descoberta de escritos antigos. Seria um erro afirmar que a Bíblia está completa porque ela própria não fala isso em parte alguma. Muito pelo contrário, ela afirma que outros livros, inclusive cartas, foram escritos e temos duas passagens bem claras em Lucas e em Paulo: "Muitos já tentaram compor a história do que aconteceu entre nós, assim como nos transmitiram os que foram testemunhas oculares e ministros da Palavra desde o princípio." (Lc 1,1) (Fonte: Padre Chrystian Shankar)
Canônicos x apócrifos - A palavra apócrifo deriva do grego apocryphos. A princípio, significava algo oculto, secreto ou escondido, mas com o passar do tempo, passou a ter sentido de heresia ou de autenticidade duvidosa. Ao contrário, a palavra canônico origina-se do grego kanon, significando regra ou medida. É a palavra que indica a lista dos livros inspirados por Deus, que compõem a Bíblia e são aceitos sem contestações pela Igreja.
A maioria dos livros apócrifos foram escritos por volta de 200 a.C. até 350 d.C, nos mais diversos locais: Palestina, Síria, Arábia, Egito... Em contraste com os livros canônicos, os apócrifos não eram lidos nas igrejas (e sinagogas), pois a grande maioria apresentava ensinamentos heréticos e doutrinas falsas; tinham a finalidade de defender ideias de certos grupos isolados. Principalmente por não receberem crédito da Igreja oficial, os apócrifos foram desaparecendo juntamente com as seitas que os usavam e defendiam.
Uma observação importante: os livros canônicos estão classificados em protocanônicos, que são aqueles livros cuja autenticidade a Igreja jamais questionou, e deuterocanônicos, que são aqueles que foram aceitos pela Igreja após alguns debates que se prolongaram até o séc. IV. É interessante saber que os protestantes chamam os livros deuterocanônicos de apócrifos e os livros apócrifos de pseudoepígrafos, que quer dizer falsa autoria. Saber isso é de suma importância para os católicos porque, como os livros deuterocanônicos contradizem algumas de suas doutrinas, foram retirados de suas Bíblias como se fossem falsos.
As descobertas recentes - As duas maiores descobertas de escritos apócrifos se deram em 1945, na região de Nag Hammadi (Alto Egito) e em Qumran (Palestina), nas grutas do Mar Morto, onde existia nas imediações uma comunidade de israelitas separados, conhecidos como essênios, que formavam um grupo à parte do judaísmo. Vez ou outra, escutamos alguma notícia relatando o descobrimento de algum outro escrito, mas nenhum, até o momento, foi tão significante quanto os achados de Nag Hammadi e Qumran.
A Bíblia estaria incompleta? É a primeira pergunta que se faz quando se faz nova descoberta de escritos antigos. Seria um erro afirmar que a Bíblia está completa porque ela própria não fala isso em parte alguma. Muito pelo contrário, ela afirma que outros livros, inclusive cartas, foram escritos e temos duas passagens bem claras em Lucas e em Paulo: "Muitos já tentaram compor a história do que aconteceu entre nós, assim como nos transmitiram os que foram testemunhas oculares e ministros da Palavra desde o princípio." (Lc 1,1) (Fonte: Padre Chrystian Shankar)
terça-feira, 11 de junho de 2013
Um filho melhor, um Mundo diferente.
Duas notícias e um evento: um grupo de mídia do Estado retoma uma campanha em que destaca personagens do imaginário infantil para refletir sobre o processo de educação; tramita no Senado o projeto que destina todos os recursos recolhidos com o petróleo do pré-sal para a educação. O evento: No Cursilho de Cristandade, discutimos que a responsabilidade pela educação (ou a irresponsabilidade) começa em casa – na família – e não pode ser delegada, ao menos, até que a criança tenha criado a sua própria capacidade de definir valores e referências.
Países que apostaram forte na educação (caso recente da Coréia do Sul) viram seus índices de desenvolvimento transpor todas as expectativas. Ali, os recursos foram colocados a serviço da qualificação do processo – formação de professores e qualificação dos espaços – mas também de um pacto entre a família e o estado, fazendo desta atividade o que os antigos chamavam de “ensino puxado”, onde o aprendizado era trabalhado juntamente com a disciplina necessária para estabelecer metas e não relativizar propostas.
O que livra do tão famigerado “coitadismo”, onde se acredita que poupar crianças e jovens de dificuldades irá lhe dar maior qualidade de vida. Esquecem os defensores dos “caminhos fáceis” que aqueles que não encontram obstáculos enquanto estão em processo de aprendizado, também não saberão vencê-los quando tiverem que enfrenta-los sozinhos!
Uma das brincadeiras que fiz no Cursilho foi a partir de algumas figuras onde se falava na responsabilidade que a criança aprende quando, em casa, tem que cuidar do seu quarto (Bill Gates afirmava que “não se pode mudar o Mundo, se não se arruma a própria cama”), assim como as demais coisas da casa. Hoje, é mais fácil encontrar casais que repartem tarefas, servindo como exemplo para os filhos. Infelizmente, isto ainda é recente, e se perde uma grande chance de aprendizado quando o marido ou o filho se acham no direito de deixar toalhas molhadas no banheiro, assim como outras peças de roupas...
Investir em educação não depende apenas de recursos financeiros. Até porque nossos administradores e políticos gostam de factoides: exemplo recente foi a promessa de que todas as crianças teriam tablets em mão para estudar. De que adianta tal promessa se elas não têm merenda, salas de aulas conservadas, os professores estão com salários defasados e seus espaços são inadequados para viverem o aprendizado?
Campanhas são boas, recursos são bons, mas há uma mentalidade que precisa ser mudada. E ela começa pela frase com que encerramos o encontro do Cursilho: “é comum que se diga que desejamos deixar um Mundo melhor para nossos filhos. Mas por que não podemos pensar em deixar filhos melhores para fazer um Mundo diferente?”.
Países que apostaram forte na educação (caso recente da Coréia do Sul) viram seus índices de desenvolvimento transpor todas as expectativas. Ali, os recursos foram colocados a serviço da qualificação do processo – formação de professores e qualificação dos espaços – mas também de um pacto entre a família e o estado, fazendo desta atividade o que os antigos chamavam de “ensino puxado”, onde o aprendizado era trabalhado juntamente com a disciplina necessária para estabelecer metas e não relativizar propostas.
O que livra do tão famigerado “coitadismo”, onde se acredita que poupar crianças e jovens de dificuldades irá lhe dar maior qualidade de vida. Esquecem os defensores dos “caminhos fáceis” que aqueles que não encontram obstáculos enquanto estão em processo de aprendizado, também não saberão vencê-los quando tiverem que enfrenta-los sozinhos!
Uma das brincadeiras que fiz no Cursilho foi a partir de algumas figuras onde se falava na responsabilidade que a criança aprende quando, em casa, tem que cuidar do seu quarto (Bill Gates afirmava que “não se pode mudar o Mundo, se não se arruma a própria cama”), assim como as demais coisas da casa. Hoje, é mais fácil encontrar casais que repartem tarefas, servindo como exemplo para os filhos. Infelizmente, isto ainda é recente, e se perde uma grande chance de aprendizado quando o marido ou o filho se acham no direito de deixar toalhas molhadas no banheiro, assim como outras peças de roupas...
Investir em educação não depende apenas de recursos financeiros. Até porque nossos administradores e políticos gostam de factoides: exemplo recente foi a promessa de que todas as crianças teriam tablets em mão para estudar. De que adianta tal promessa se elas não têm merenda, salas de aulas conservadas, os professores estão com salários defasados e seus espaços são inadequados para viverem o aprendizado?
Campanhas são boas, recursos são bons, mas há uma mentalidade que precisa ser mudada. E ela começa pela frase com que encerramos o encontro do Cursilho: “é comum que se diga que desejamos deixar um Mundo melhor para nossos filhos. Mas por que não podemos pensar em deixar filhos melhores para fazer um Mundo diferente?”.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Calçada legal
A Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica desenvolve uma campanha pública à qual deu o nome de “Calçada Legal”. Seu objetivo é conscientizar proprietários de imóveis e a sociedade em geral da necessidade de maior cuidado com este espaço que, se é de circulação pública, é de manutenção dos proprietários de terrenos e imóveis. Inicialmente, a campanha tomou fôlego em Pelotas, mas, sabe-se, precisa se desenvolver em todas as cidades, não importando seu porte, pois em sempre encontramos algum tipo de problema.
No cotidiano das pessoas, além de ser um espaço de visualização estética, pois permite a manutenção de árvores, arbustos e flores, também é por onde se estabelecem diversas formas de convívio, onde se espera uma caminhada segura, prazerosa, melhorando a qualidade de vida das pessoas, em qualquer idade, do idoso que sabe poder andar com sua bengala, à criança que brinca.
Hoje, infelizmente, andar pelas calçadas é um grande desafio. Em grande parte, por uma conservação deficiente, onde não faltam buracos, pisos irregulares, colocação de resíduos, desníveis, assim como estacionamentos irregulares, quando as ruas são excessivamente estreitas. Há espaços onde o acúmulo de detritos ou restos de obras transformam os passeios em autênticos gargalos, perigosamente capazes de propiciar o desequilíbrio e quedas para pessoas mais idosas ou aqueles que têm alguma disfunção.
O propósito é nobre: “caminhar é uma das atividades mais saudáveis para o ser humano e uma das práticas mais enriquecedoras da vida urbana... precisamos olhar nossas calçadas e perceber a necessidade de agir a fim de que tenhamos uma cidade melhor para todos, tornando cada vez mais belos nossos espaços de convivência”.
Recentemente, quando diversos condomínios começaram a se estabelecer ao redor de minha casa, em reuniões com o poder público, a grande reclamação era com relação às obras de infraestrutura. Numa intervenção afirmei que era, sim, necessário cobrar da Prefeitura, mas que também deveríamos fazer a nossa parte na conservação para que os pedestres se educassem em usar as calçadas, ao invés do leito da rua!
Tenho andado por cidades pequenas, médias e grandes. Em todas, inclusive aquelas que recebem fluxo de turismo, encontramos problemas com relação à conservação das calçadas. A campanha é pertinente, porque precisamos ver seguros nossos idosos quando querem apanhar um pouco de sol ou encontrar vizinhos; crianças que podem jogar bola de gude, ou andar em suas bicicletas, ou aqueles que sabem que, por ali, terão uma caminhada prazerosa e segura. Não dá para se furtar, pequenos gestos podem fazer a grande diferença. E este é um: torne a sua calçada legal!
No cotidiano das pessoas, além de ser um espaço de visualização estética, pois permite a manutenção de árvores, arbustos e flores, também é por onde se estabelecem diversas formas de convívio, onde se espera uma caminhada segura, prazerosa, melhorando a qualidade de vida das pessoas, em qualquer idade, do idoso que sabe poder andar com sua bengala, à criança que brinca.
Hoje, infelizmente, andar pelas calçadas é um grande desafio. Em grande parte, por uma conservação deficiente, onde não faltam buracos, pisos irregulares, colocação de resíduos, desníveis, assim como estacionamentos irregulares, quando as ruas são excessivamente estreitas. Há espaços onde o acúmulo de detritos ou restos de obras transformam os passeios em autênticos gargalos, perigosamente capazes de propiciar o desequilíbrio e quedas para pessoas mais idosas ou aqueles que têm alguma disfunção.
O propósito é nobre: “caminhar é uma das atividades mais saudáveis para o ser humano e uma das práticas mais enriquecedoras da vida urbana... precisamos olhar nossas calçadas e perceber a necessidade de agir a fim de que tenhamos uma cidade melhor para todos, tornando cada vez mais belos nossos espaços de convivência”.
Recentemente, quando diversos condomínios começaram a se estabelecer ao redor de minha casa, em reuniões com o poder público, a grande reclamação era com relação às obras de infraestrutura. Numa intervenção afirmei que era, sim, necessário cobrar da Prefeitura, mas que também deveríamos fazer a nossa parte na conservação para que os pedestres se educassem em usar as calçadas, ao invés do leito da rua!
Tenho andado por cidades pequenas, médias e grandes. Em todas, inclusive aquelas que recebem fluxo de turismo, encontramos problemas com relação à conservação das calçadas. A campanha é pertinente, porque precisamos ver seguros nossos idosos quando querem apanhar um pouco de sol ou encontrar vizinhos; crianças que podem jogar bola de gude, ou andar em suas bicicletas, ou aqueles que sabem que, por ali, terão uma caminhada prazerosa e segura. Não dá para se furtar, pequenos gestos podem fazer a grande diferença. E este é um: torne a sua calçada legal!
domingo, 2 de junho de 2013
A Sagrada Família de Jesus
Jesus de Nazaré (não havia sobrenomes, mas sim a cidade de origem), é a figura central do cristianismo. Para os adeptos do islamismo, Jesus é conhecido "Jesus, filho de Maria” Para os cristãos os quatro evangelhos canônicos são a principal fonte de informação sobre Jesus, a que se somam outras fontes cristãs, como os evangelhos apócrifos (documentos considerados não oficiais pelo Cristianismo, quase todos datados a partir do segundo século), e um número escasso de fontes não cristãs.
Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judeia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte, ajudando a delinear o rumo da civilização ocidental. Durante seu tempo de pregação (cerca de três anos), Jesus não saiu de sua terra natal. No entanto, há fortes indícios de que, em sua formação, tenha aproveitado as culturas próximas, como a Grega e a Egípcia, além do tempo que deve ter passado no Líbano, de onde provinha a matéria prima para seu trabalho e de seu pai.
De acordo com o relato do evangelho de Lucas, na época do rei Herodes o sacerdote Zacarias, esposo de Isabel (que seria prima de Maria), ambos já de idade avançada, recebeu a promessa do nascimento de João Baptista através do anjo Gabriel (considerado como precursor, aquele que vai batizar Jesus e que, mais tarde, será sacrificado tendo perdido o pescoço).
Os pais escolhiam o nome da criança e apresentavam ao sacerdote do templo fazendo uma oferta de sacrifício conforme a prescrição da lei judaica. Assim o nome escolhido por José e Maria foi Yehoshua, que em hebraico significa Josué. Na região da Galileia, onde se falava de um modo diferente do resto do país, abreviava-se o nome e pronunciava-se Yeshu. Os primeiros cristãos de origem grega traduziram por Jesus.
O nome de Yeshua era dos nomes mais comuns da época. O escritor Flávio Josefo, que descreveu a história Judaica de sua época menciona mais de 20 pessoas que se chamavam Jesus das quais, pelo menos 10 são do tempo de Jesus de Nazaré. Em hebraico, Jesus (ou Josué) significa “Deus salva”. Segundo Mateus, um anjo disse a José: “dar-lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”.
O nome de Maria, originalmente, é Miriam, em hebraico, significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos e lá permaneceu até os 11 anos. O Novo Testamento começa seu relato da vida de Maria quando o anjo Gabriel aparece anunciando que Deus a escolheu para ser a mãe de Jesus. A tradição da Igreja e os escritos apócrifos afirmam que os pais de Maria eram um casal de idosos, São Joaquim e Santa Ana (padroeiros dos avós).
Ela se casou com José (com cerca de 90 anos e teria vivido até os 111 anos, com seis filhos) e o acompanhou a Belém, onde Jesus nasceu. De acordo com o costume judaico, o noivado teria ocorrido quando ela tinha 12 anos, o nascimento de Jesus aconteceu cerca de um ano depois. O Cristianismo acredita que Maria só teve um filho. A citação de “tua mãe e teus irmãos estão aí fora” tem duas explicações: Maria tivesse assumido filhos de um primeiro casamento de José ou que fossem seus primos, já que a estrutura familiar era coletiva, convivendo irmãos casados numa mesma casa.
Mateus narra a visita dos três reis Magos. Os magos teriam chegado a Jerusalém seguindo a trajetória de uma estrela e, ao encontrarem, adoraram-no e ofertaram ouro, incenso e mirra representando, respectivamente, a sua realeza, a sua divindade e a sua imortalidade. Por causa desta visita Herodes teria provocado o Massacre dos Inocentes.
A citação da agricultura nas suas Parábolas, em especial as do Reino de Deus, deve-se ao fato do auditório estar formado por agricultores e que Jesus trabalhou também como agricultor, pois José não sobreviveria apenas da carpintaria.
Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judeia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte, ajudando a delinear o rumo da civilização ocidental. Durante seu tempo de pregação (cerca de três anos), Jesus não saiu de sua terra natal. No entanto, há fortes indícios de que, em sua formação, tenha aproveitado as culturas próximas, como a Grega e a Egípcia, além do tempo que deve ter passado no Líbano, de onde provinha a matéria prima para seu trabalho e de seu pai.
De acordo com o relato do evangelho de Lucas, na época do rei Herodes o sacerdote Zacarias, esposo de Isabel (que seria prima de Maria), ambos já de idade avançada, recebeu a promessa do nascimento de João Baptista através do anjo Gabriel (considerado como precursor, aquele que vai batizar Jesus e que, mais tarde, será sacrificado tendo perdido o pescoço).
Os pais escolhiam o nome da criança e apresentavam ao sacerdote do templo fazendo uma oferta de sacrifício conforme a prescrição da lei judaica. Assim o nome escolhido por José e Maria foi Yehoshua, que em hebraico significa Josué. Na região da Galileia, onde se falava de um modo diferente do resto do país, abreviava-se o nome e pronunciava-se Yeshu. Os primeiros cristãos de origem grega traduziram por Jesus.
O nome de Yeshua era dos nomes mais comuns da época. O escritor Flávio Josefo, que descreveu a história Judaica de sua época menciona mais de 20 pessoas que se chamavam Jesus das quais, pelo menos 10 são do tempo de Jesus de Nazaré. Em hebraico, Jesus (ou Josué) significa “Deus salva”. Segundo Mateus, um anjo disse a José: “dar-lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”.
O nome de Maria, originalmente, é Miriam, em hebraico, significa "Senhora da Luz", passado para o latim como Maria. Maria foi oferecida ao Templo de Jerusalém aos três anos e lá permaneceu até os 11 anos. O Novo Testamento começa seu relato da vida de Maria quando o anjo Gabriel aparece anunciando que Deus a escolheu para ser a mãe de Jesus. A tradição da Igreja e os escritos apócrifos afirmam que os pais de Maria eram um casal de idosos, São Joaquim e Santa Ana (padroeiros dos avós).
Ela se casou com José (com cerca de 90 anos e teria vivido até os 111 anos, com seis filhos) e o acompanhou a Belém, onde Jesus nasceu. De acordo com o costume judaico, o noivado teria ocorrido quando ela tinha 12 anos, o nascimento de Jesus aconteceu cerca de um ano depois. O Cristianismo acredita que Maria só teve um filho. A citação de “tua mãe e teus irmãos estão aí fora” tem duas explicações: Maria tivesse assumido filhos de um primeiro casamento de José ou que fossem seus primos, já que a estrutura familiar era coletiva, convivendo irmãos casados numa mesma casa.
Mateus narra a visita dos três reis Magos. Os magos teriam chegado a Jerusalém seguindo a trajetória de uma estrela e, ao encontrarem, adoraram-no e ofertaram ouro, incenso e mirra representando, respectivamente, a sua realeza, a sua divindade e a sua imortalidade. Por causa desta visita Herodes teria provocado o Massacre dos Inocentes.
A citação da agricultura nas suas Parábolas, em especial as do Reino de Deus, deve-se ao fato do auditório estar formado por agricultores e que Jesus trabalhou também como agricultor, pois José não sobreviveria apenas da carpintaria.
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