A temática da vez, óbvio, é o Coronavírus, com todas as suas implicações financeiras, comerciais, educacionais, diante de uma população que recebe os noticiários, mas que, na sua maior parte, ainda não caiu a ficha. Como muitas das recomendações na área da saúde, as campanhas, depoimentos, entrevistas somente vão fazer efeito quando os casos começarem a aparecer à porta das casas e, então, será um Deus nos acuda porque vai ser, literalmente, um salve-se quem puder.
O vírus começou a ser detectado no Brasil em fevereiro e, nos próximos meses, deve mostrar as suas garras, alastrando-se já não mais por aqueles que estiveram juntos de pessoas que viajaram por países onde a doença virou epidemia. Mas, já reconhecido como pandemia, vai estar livre, leve e solto para espraiar-se por um país que, embora tenha tradição de saúde pública, sabe que grande parte da população não tem a cultura da prevenção e estruturas adequadas para evitar estas doenças.
Não sou especialista e sei que já temos outras doenças (inclusive vírus) que fizeram "parceria" com os brasileiros e tem demonstrado letalidade maior. Assim como outras doenças e, mesmo, reconheça-se, a maior de todas as "doenças", que, na verdade, é uma chaga para a humanidade, que se chama fome. Como muitos analistas têm destacado, os vírus mais "vagabundos" já estão sob controle nos países do primeiro mundo, mas este surpreendeu exatamente por fazer ali seu maior estrago.
Num mundo globalizado não existe menor ou maior perigo do que a capacidade (ou incapacidade) de controlar as fronteiras para estas questões de saúde. A incubação dos vírus, especialmente, é o terror dos técnicos porque se hospeda nas pessoas e leva, em alguns casos, dias e até semanas, para manifestar seus sintomas. Dando tempo para que possa circular por mais do que um país, deixando um rastro de "pequenos monstrinhos", prontos para a procriação.
A corrida ainda nem começou e já temos problemas: além da falta de produtos que podem ajudar na prevenção, o preço extrapolou todos os critérios de bom senso. Caso de alguns sabonetes líquidos e o álcool gel. Mas também das máscaras, que muita gente não tem bem noção do que seja, mas como foi dito que protege, passou a usar indiscriminadamente. Em outros países, o costume se dá, pois, além de invernos rigorosos com a proliferação de vírus, ajuda nos cuidados com a poluição.
Serão dois meses com notícias verdadeiras, mas também com bobagens sendo ditas. Na dúvida, procure um posto de saúde ou alguém em quem realmente confia. Reproduzir material das redes sociais pode ser gol contra. Infelizmente, até pessoas bem intencionadas fazem circular material que se mostra falso. Então, o melhor é não bancar o curandeiro de plantão, afinal, de bem intencionados, até o inferno está cheio...
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