História que circula pela Internet é de que o papa Francisco já fez o seu primeiro milagre. Quando se pergunta: qual foi? A resposta é: conseguiu fazer com que gostássemos de um argentino! Guardada as maldades e os preconceitos com relação aos nossos vizinhos, realmente, Francisco em seus primeiros meses fez o inesperado: atiçou o fervor religioso, sem abrir mão de mexer com o vespeiro que se chama "Vaticano".
Na última semana de novembro, o papa lançou sua primeira exortação apostólica, onde pede uma "igreja convertida, que se envergonha de seus pecados". Estes pecados, normalmente, não estão nas bases da Igreja, mas sim na sua estrutura. Lapidada ao longo de séculos, conseguiu constituir uma forma de sobreviver à História como raras instituições - mas também sofreu por ter que aceitar em seus quadros carreiristas e aqueles que estavam longe de um processo de conversão.
Uma ideia que tem batido sempre é a de que é necessário maior participação dos bispos na decisões do próprio papa. Desde o início, trocou e está trocando pessoas em postos chaves, cercando-se daqueles que podem dar respaldo às mudanças, às investigações e ao desejo de que - do mais humilde servo de Deus, que se encontra numa comunidade, até a sua figura mais proeminente, o próprio papa - haja a lisura e transparência de uma instituição que não tem as mesmas ambições dos homens, mas quer servi-los.
Não se esquivou de tratar nem da economia, sequer da política. Para a primeira, disse que vivemos numa sociedade em que "a economia mata" - seus ditames não tem por fim a própria pessoa, mas o simples fato de juntar lucros e capital. Para as figuras públicas, foi muito incisivo, ao afirmar que vivemos num tempo em que é necessário "transformar a política numa forma de caridade", em que uma verdade preciosa foi esquecida: "o bem comum".
Como sempre, não se nega a abordar temas polêmicos: sobre o aborto, pede que haja compreensão com aqueles que erraram, se mostrarem arrependimento; e sobre aqueles casais de segunda união, que buscarem a Eucaristia é pontual: "não é um prêmio para os perfeitos, mas um alimento também para os fracos".
Vamos reconhecer que este ano, para nós Católicos, foi muito especial. A ação do Espírito Santo nos trouxe um papa que não somente aponta direções, mas vivencia a presença da Igreja como marca neste Mundo tão desfigurado pelo sofrimento, a fome, a injustiça e a dor. Num momento como este, a força que podemos dar ao papa vem do outro Francisco - o santo - repetindo o bordão da oração que a Igreja precisa seguir: "Senhor, fazei-nos instrumento de vosso amor!"
sábado, 30 de novembro de 2013
sábado, 23 de novembro de 2013
Aprender - um privilégio para todas as idades
Um dos privilégios que tive em minha vida de educador foi atuar como motivador junto a grupos da "terceira idade". Fui estudando, ouvindo profissionais, mas, meu real aprendizado, se deu na observação da vida daqueles que não se deixam apenas envelhecer, mas que, vendo seus membros perderem a graça e a leveza da juventude, sabem que, moderadamente, ainda podem fazer praticamente as mesmas coisas.
Este ano, então, quando pensei em me aposentar, me coloquei diante de novos desafios: assumir um programa de rádio satisfaz meu desejo de dar voz àquilo que as pessoas gostam de ouvir. Conto histórias, deixo mensagens, passo informações, além de brincar com meus ouvintes. No Seminário Arquidiocesano, o desafio gostoso de estar com rapazes que desejam clarear seu discernimento vocacional e tem um mundo de perguntas para serem feitas, mesmo que seja apenas para gerarem novas perguntas.
Foi no Centro de Extensão em Atenção à Terceira idade da UCPel que aprendi ao longo deste ano, semanalmente, lições imprescindíveis. Nossos encontros - Oficina de Espiritualidade - serviram para que eu e a Marli (enquanto pode) sentíssemos olhinhos sedentos de conhecimento, mas não daquele que apenas acumulamos no que o Jô Soares chamava de "cultura inútil". Queriam saber para "melhorar seus olhos", no dizer do filósofo Rubem Alves, "o melhor jeito de alimentar a alma".
Nesta segunda - 25 - estamos encerrando nossas atividades. Embora ainda haja a despedida, vão ficando as saudades: a Marli, que sobrevive graças a sua fé profunda; dona Ana, além dos quitutes, com seu olhar carinhoso; Maria de Lurdes, eterna companheira de jornadas nas comunidades; Joana, com sua alegria e espírito festeiro; as betes, uma que vence sua deficiência visual pela curiosidade e animação, a outra pelas experiências que traz da sua vida no interior; o Ireno, que não desiste de viver e leva sua muleta pelas ruas da vida; a Marlene, que aceitou o desafio de ser parceira nas redes sociais; a Circe, com a tranquilidade de seus comentários; Ivone, um poço de vontade de conhecer; a Diva, mais recente no grupo, mas não menos disposta a questionar; dona Lurdinha, participando sempre que possível, na sua simplicidade e idade avançada, sabendo que não quer parar.
Só posso dizer, de público, muito obrigado! Se iremos continuar, ou não, é outra história. Mas, saibam, as marcas que me deixaram ficam para toda a vida: a cada vez que pensar em focar na espiritualidade, estarei lembrando do testemunho de cada um de vocês - vocês são as velas preciosas que Deus colocou em meu caminho para mostrar que aprender é um privilégio para todas as idades.
Este ano, então, quando pensei em me aposentar, me coloquei diante de novos desafios: assumir um programa de rádio satisfaz meu desejo de dar voz àquilo que as pessoas gostam de ouvir. Conto histórias, deixo mensagens, passo informações, além de brincar com meus ouvintes. No Seminário Arquidiocesano, o desafio gostoso de estar com rapazes que desejam clarear seu discernimento vocacional e tem um mundo de perguntas para serem feitas, mesmo que seja apenas para gerarem novas perguntas.
Foi no Centro de Extensão em Atenção à Terceira idade da UCPel que aprendi ao longo deste ano, semanalmente, lições imprescindíveis. Nossos encontros - Oficina de Espiritualidade - serviram para que eu e a Marli (enquanto pode) sentíssemos olhinhos sedentos de conhecimento, mas não daquele que apenas acumulamos no que o Jô Soares chamava de "cultura inútil". Queriam saber para "melhorar seus olhos", no dizer do filósofo Rubem Alves, "o melhor jeito de alimentar a alma".
Nesta segunda - 25 - estamos encerrando nossas atividades. Embora ainda haja a despedida, vão ficando as saudades: a Marli, que sobrevive graças a sua fé profunda; dona Ana, além dos quitutes, com seu olhar carinhoso; Maria de Lurdes, eterna companheira de jornadas nas comunidades; Joana, com sua alegria e espírito festeiro; as betes, uma que vence sua deficiência visual pela curiosidade e animação, a outra pelas experiências que traz da sua vida no interior; o Ireno, que não desiste de viver e leva sua muleta pelas ruas da vida; a Marlene, que aceitou o desafio de ser parceira nas redes sociais; a Circe, com a tranquilidade de seus comentários; Ivone, um poço de vontade de conhecer; a Diva, mais recente no grupo, mas não menos disposta a questionar; dona Lurdinha, participando sempre que possível, na sua simplicidade e idade avançada, sabendo que não quer parar.
Só posso dizer, de público, muito obrigado! Se iremos continuar, ou não, é outra história. Mas, saibam, as marcas que me deixaram ficam para toda a vida: a cada vez que pensar em focar na espiritualidade, estarei lembrando do testemunho de cada um de vocês - vocês são as velas preciosas que Deus colocou em meu caminho para mostrar que aprender é um privilégio para todas as idades.
domingo, 10 de novembro de 2013
Seicho-No-Ie
Seicho-No-Ie - Lar do Progredir Infinito, numa tradução livre - é uma filosofia ou religião sincretista, monoteísta de origem japonesa. Enfatiza o não sectarismo religioso, as práticas de gratidão à família e a Deus, e o poder da palavra positiva que influencia na formação de um destino feliz e o universalismo. Surgiu em 1º de março de 1930 como revista de Cultura Moral, cresceu no pós-guerra no Japão, sofreu perseguição militar e foi transformada em religião. Nesta época, a sociedade japonesa viu desmoronar a religião oficial do Estado, baseada na crença na divindade do imperador e uma das bases da ideologia militarista. Nesse vácuo ideológico e espiritual surgiram ou cresceram inúmeras seitas e religiões, entre elas a Seicho-No-Ie. Esta contribuiu para a revitalização da religiosidade, incentivando seus adeptos à prática de suas religiões de origem.
A Seicho-No-Ie foi fundada por Masaharu Taniguchi (1893–1985) e se mundializa a partir da II Guerra Mundial. Seu conjunto doutrinário incorpora elementos do cristianismo, do budismo e do xintoísmo - três grandes religiões presentes no Japão, representadas no seu símbolo oficial respectivamente pela estrela verde no centro, pela cruz gamada branca intermediária (Lua) e pelo círculo vermelho externo com suas 32 flechas (Sol). A Verdade essencial da Seicho-No-Ie é: "O Homem é Filho de Deus" e, sendo assim, é herdeiro de todas as dádivas dele. Basta apenas que se conscientize disso para manifestar no mundo material a sua perfeição.
Para isso, há várias práticas adotadas pelos praticantes da Seicho-No-Ie, sendo as mais importantes: Prática da Meditação Shinsokan (que, numa tradução livre, significa "ver e contemplar Deus"); Leitura de Sutras Sagradas e palavras da Verdade; Prática de atos de amor e caridade. A Seicho-No-Ie também estuda as "leis mentais", das quais se destaca a lei "Os semelhantes se atraem" - Lei da Atração.
Normas Fundamentais dos Praticantes da Seicho-No-Ie: 1ª) Agradecer a todas as coisas do Universo; 2ª) Conservar sempre o sentimento natural; 3ª) Manifestar o amor em todos os atos; 4ª) Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos; 5ª) Ver sempre a parte positiva das pessoas, coisas e fatos, e nunca as suas partes negativas; 6ª) Anular totalmente o ego; 7ª) Fazer da vida humana uma vida divina e avançar crendo sempre na vitória infalível; 8ª) Iluminar a mente, praticando a Meditação Shinsokan todos os dias sem falta.
A Doutrina da Seicho-no-iê é alicerçada nas escrituras de Masaharu Taniguchi, sendo as mais importantes entre os adeptos, a "Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade" e a Coleção "A Verdade da Vida", composta por 40 volumes, que sintetiza as pregações de Taniguchi. Estas obras são publicadas pela Seicho-no-ie do Brasil.
Verdade Vertical: Só Deus e o que Ele cria existem verdadeiramente, ou seja, não tem início nem fim, é eterno, infinito (Ele é o Bem, o Criador, a Verdade, Jissô (Imagem Verdadeira), etc.). Como o homem (na sua essência espiritual) também é criação de Deus, ele possui a mesma natureza infinita de Deus. Daí vem a principal convicção do adepto da Seicho-No-Ie: "O Homem é Filho de Deus".
Verdade Horizontal: O mundo material é projeção da mente humana; o mal não existe, ou seja, tem início e fim, é efêmero, não é eterno, é finito (ele é apenas criação da mente humana). Da mesma forma, a doença, a morte, o envelhecimento e os pecados também não existem porque são derivações desse mesmo mal (ilusões da mente humana); Todas as coisas perceptíveis aos cinco sentidos e também ao sexto sentido não são existências reais porque não têm a mesma natureza perfeita de Deus. Elas são, portanto, projeções da mente humana (ilusão) que constitui a causa dos sofrimentos humanos.
Jissô: A realidade absoluta, transcendental, o ser verdadeiro, absoluto, eterno e perfeito, constituído de ideia de Deus; a Essência do ser.
A Seicho-No-Ie foi fundada por Masaharu Taniguchi (1893–1985) e se mundializa a partir da II Guerra Mundial. Seu conjunto doutrinário incorpora elementos do cristianismo, do budismo e do xintoísmo - três grandes religiões presentes no Japão, representadas no seu símbolo oficial respectivamente pela estrela verde no centro, pela cruz gamada branca intermediária (Lua) e pelo círculo vermelho externo com suas 32 flechas (Sol). A Verdade essencial da Seicho-No-Ie é: "O Homem é Filho de Deus" e, sendo assim, é herdeiro de todas as dádivas dele. Basta apenas que se conscientize disso para manifestar no mundo material a sua perfeição.
Para isso, há várias práticas adotadas pelos praticantes da Seicho-No-Ie, sendo as mais importantes: Prática da Meditação Shinsokan (que, numa tradução livre, significa "ver e contemplar Deus"); Leitura de Sutras Sagradas e palavras da Verdade; Prática de atos de amor e caridade. A Seicho-No-Ie também estuda as "leis mentais", das quais se destaca a lei "Os semelhantes se atraem" - Lei da Atração.
Normas Fundamentais dos Praticantes da Seicho-No-Ie: 1ª) Agradecer a todas as coisas do Universo; 2ª) Conservar sempre o sentimento natural; 3ª) Manifestar o amor em todos os atos; 4ª) Ser atencioso para com todas as pessoas, coisas e fatos; 5ª) Ver sempre a parte positiva das pessoas, coisas e fatos, e nunca as suas partes negativas; 6ª) Anular totalmente o ego; 7ª) Fazer da vida humana uma vida divina e avançar crendo sempre na vitória infalível; 8ª) Iluminar a mente, praticando a Meditação Shinsokan todos os dias sem falta.
A Doutrina da Seicho-no-iê é alicerçada nas escrituras de Masaharu Taniguchi, sendo as mais importantes entre os adeptos, a "Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade" e a Coleção "A Verdade da Vida", composta por 40 volumes, que sintetiza as pregações de Taniguchi. Estas obras são publicadas pela Seicho-no-ie do Brasil.
Verdade Vertical: Só Deus e o que Ele cria existem verdadeiramente, ou seja, não tem início nem fim, é eterno, infinito (Ele é o Bem, o Criador, a Verdade, Jissô (Imagem Verdadeira), etc.). Como o homem (na sua essência espiritual) também é criação de Deus, ele possui a mesma natureza infinita de Deus. Daí vem a principal convicção do adepto da Seicho-No-Ie: "O Homem é Filho de Deus".
Verdade Horizontal: O mundo material é projeção da mente humana; o mal não existe, ou seja, tem início e fim, é efêmero, não é eterno, é finito (ele é apenas criação da mente humana). Da mesma forma, a doença, a morte, o envelhecimento e os pecados também não existem porque são derivações desse mesmo mal (ilusões da mente humana); Todas as coisas perceptíveis aos cinco sentidos e também ao sexto sentido não são existências reais porque não têm a mesma natureza perfeita de Deus. Elas são, portanto, projeções da mente humana (ilusão) que constitui a causa dos sofrimentos humanos.
Jissô: A realidade absoluta, transcendental, o ser verdadeiro, absoluto, eterno e perfeito, constituído de ideia de Deus; a Essência do ser.
domingo, 3 de novembro de 2013
A Igreja dos Mórmons
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (popularmente conhecida como A Igreja Mórmon) é uma igreja de fundamentação cristã com características restauracionistas e a maior denominação originária do Movimento dos Santos dos Últimos Dias. O nome oficial da igreja se refere a Jesus Cristo como seu líder e à conversão dos fiéis, ou santos, à igreja, na última dispensação — de onde surge a referência aos "últimos dias". O termo "santos" é a mesma denominação usada na época que Jesus Cristo veio à Terra de Israel.
A Igreja está sediada em Salt Lake City, nos Estados Unidos e estabeleceu congregações em todo o mundo. Em 2009, a Igreja relatou um pouco mais de 13,8 milhões de adeptos em todo o mundo, um crescimento de 10,4% comparado ao ano de 2006. É a igreja que mais cresce no mundo atualmente, pois, em 1990, eram apenas 7,7 milhões. Atualmente, é a 15ª maior denominação religiosa no mundo. Os adeptos, habitualmente referidos como Santos dos Últimos Dias ou mórmons, são cristãos restauracionistas e conservadores e não se encaixam em nenhuma vertente do cristianismo tradicional. À semelhança de outras organizações restauracionistas, a igreja ensina que, após os eventos descritos no Novo Testamento, houve uma grande apostasia da verdadeira fé cristã e do sacerdócio.
A Igreja ensina que esta verdadeira fé e sacerdócio foram restauradas por Joseph Smith Jr., através da profecia e da visitação de Deus, o pai celestial, e seu filho Jesus Cristo, o messias, como dois seres separados fisicamente, mas em um propósito, no início de 1820. Também é relatada a posterior visita de anjos e profetas bíblicos como sendo mensageiros celestiais. A Igreja ensina que é a única organização na Terra com autoridade para realizar ordenanças válidas (como o batismo e o sacramento). A Igreja também pratica outras ordenanças, restauradas por meio de Joseph Smith Jr., como o casamento eterno e o batismo pelos mortos.
A igreja tornou-se defensora forte e pública da família nuclear e, por vezes, desempenhou papel proeminente em questões políticas, oposição ao casamento homossexual e oposição ao aborto e ao uso da eutanásia. Para além das questões que considera ser os da moralidade, no entanto, a igreja geralmente mantém uma posição de neutralidade política.
Uma mudança significativa foi a ordenação de homens negros ao sacerdócio em 1978. Helvécio Martins, um executivo do Rio de Janeiro, no Brasil, foi o primeiro negro a ser ordenado ao Sacerdócio. Há também variações periódicas na estrutura e organização da igreja, principalmente para acomodar o crescimento da organização e a crescente presença internacional. Por exemplo, desde 1900, a igreja instituiu um Programa de Correlação do Sacerdócio de centralizar as operações da igreja e colocá-las sob uma hierarquia de líderes do sacerdócio. Durante a Grande Depressão, a igreja também começou a operar um sistema de proteção social da igreja, e tem realizado numerosos esforços humanitários em cooperação com outras organizações religiosas.
O termo Mórmon, usado para referir-se aos membros da Igreja, deriva do nome do profeta Mórmon, que é um dos autores e compiladores das escrituras que formaram O Livro de Mórmon, que é, de acordo com a igreja, outro testamento de Jesus Cristo. A denominação recomenda para os fiéis o termo santos dos últimos dias. No Brasil, de acordo com o número oficial da igreja (batismos), os seguidores mórmons são o dobro dos praticantes do Candomblé e o triplo dos seguidores do Judaísmo. Todavia, é o Chile o país sul-americano de maior concentração proporcional de mórmons, onde 3,3% da população declara-se seguidora da religião - aproximadamente 450.000 pessoas - sendo a terceira maior denominação cristã no país. (síntese: Wikipedia)
A Igreja está sediada em Salt Lake City, nos Estados Unidos e estabeleceu congregações em todo o mundo. Em 2009, a Igreja relatou um pouco mais de 13,8 milhões de adeptos em todo o mundo, um crescimento de 10,4% comparado ao ano de 2006. É a igreja que mais cresce no mundo atualmente, pois, em 1990, eram apenas 7,7 milhões. Atualmente, é a 15ª maior denominação religiosa no mundo. Os adeptos, habitualmente referidos como Santos dos Últimos Dias ou mórmons, são cristãos restauracionistas e conservadores e não se encaixam em nenhuma vertente do cristianismo tradicional. À semelhança de outras organizações restauracionistas, a igreja ensina que, após os eventos descritos no Novo Testamento, houve uma grande apostasia da verdadeira fé cristã e do sacerdócio.
A Igreja ensina que esta verdadeira fé e sacerdócio foram restauradas por Joseph Smith Jr., através da profecia e da visitação de Deus, o pai celestial, e seu filho Jesus Cristo, o messias, como dois seres separados fisicamente, mas em um propósito, no início de 1820. Também é relatada a posterior visita de anjos e profetas bíblicos como sendo mensageiros celestiais. A Igreja ensina que é a única organização na Terra com autoridade para realizar ordenanças válidas (como o batismo e o sacramento). A Igreja também pratica outras ordenanças, restauradas por meio de Joseph Smith Jr., como o casamento eterno e o batismo pelos mortos.
A igreja tornou-se defensora forte e pública da família nuclear e, por vezes, desempenhou papel proeminente em questões políticas, oposição ao casamento homossexual e oposição ao aborto e ao uso da eutanásia. Para além das questões que considera ser os da moralidade, no entanto, a igreja geralmente mantém uma posição de neutralidade política.
Uma mudança significativa foi a ordenação de homens negros ao sacerdócio em 1978. Helvécio Martins, um executivo do Rio de Janeiro, no Brasil, foi o primeiro negro a ser ordenado ao Sacerdócio. Há também variações periódicas na estrutura e organização da igreja, principalmente para acomodar o crescimento da organização e a crescente presença internacional. Por exemplo, desde 1900, a igreja instituiu um Programa de Correlação do Sacerdócio de centralizar as operações da igreja e colocá-las sob uma hierarquia de líderes do sacerdócio. Durante a Grande Depressão, a igreja também começou a operar um sistema de proteção social da igreja, e tem realizado numerosos esforços humanitários em cooperação com outras organizações religiosas.
O termo Mórmon, usado para referir-se aos membros da Igreja, deriva do nome do profeta Mórmon, que é um dos autores e compiladores das escrituras que formaram O Livro de Mórmon, que é, de acordo com a igreja, outro testamento de Jesus Cristo. A denominação recomenda para os fiéis o termo santos dos últimos dias. No Brasil, de acordo com o número oficial da igreja (batismos), os seguidores mórmons são o dobro dos praticantes do Candomblé e o triplo dos seguidores do Judaísmo. Todavia, é o Chile o país sul-americano de maior concentração proporcional de mórmons, onde 3,3% da população declara-se seguidora da religião - aproximadamente 450.000 pessoas - sendo a terceira maior denominação cristã no país. (síntese: Wikipedia)
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