A imagem é marcante: um idoso de 83 anos - sequelado pela perde de um pulmão - andando com dificuldade sob a chuva fina e teimosa; arcado pelo peso da responsabilidade que não pode dividir; sozinho em meio ao espaço que já abrigou multidões; desamparado de toda e qualquer pompa, de séquito, das vestes e instrumentos religiosos... Apenas um religioso de branco que não desiste e convoca todos os homens e mulheres de boa vontade, declarando que é hora de "abraçar ao Senhor para abraçar a esperança!"
A praça de São Pedro vazia por onde, em muitas ocasiões, passaram milhares de pessoas rezando, cantando, gritando, chorando... As gentes do Mundo não puderam participar ali, daquele momento. Porém, a magia de um líder espiritual congraçou toda a história de uma Igreja que encontra em Francisco a oportunidade de fazer mais: presença de homens e mulheres que lutam por um mundo melhor e que assistiam - emocionados e encantados - certos de que também se faziam presença, acolhidos pela energia de um momento ímpar na História!
Era um instante em que o caminhar com dificuldades encontrava contraponto num olhar determinado. Sem acompanhamento, vestes especiais - nem ao menos um guarda-chuva! - precisava fazer presente - além dos cristãos católicos - todos aqueles que se sentem desamparados e desesperados. Em meio à tempestade, quando é preciso serenidade para não afundar, estende a mão para mostrar que até agora "avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente".
Ao fazer a pregação na bênção para o Mundo, Francisco fez um chamado a valorizar a vida, especialmente daqueles que estão e que vão estar em maiores dificuldades: “a tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade.”
Foi uma dia para não ser esquecido, uma imagem para ser lembrada por muito tempo: uma homem de branco que representa o que estamos precisando - alguém que nos cuide: humildade, por abrir mão de tudo aquilo que já vimos no Vaticano com rituais e celebrações; consagrando a humanidade e pedindo as bênçãos de Deus sem qualquer contrapartida... Sereno em testemunhar o quanto, em tempos de tribulações, além dos cuidados do corpo, homens e mulheres também precisam de alimento para o espírito.
Quando o mais provável é que se aproximem tempos difíceis, o papa se transforma em referência de energia positiva para se ultrapassar as dificuldades e perdas... Numa sociedade marcada pela vaidade e segurança postas em valores financeiros, mesmo que seja difícil seguir as normas de quarentena, é oportunidade para redescobrir a nossa própria dimensão, que se realiza quando entendemos a dimensão do ser humano... sem perder a dimensão de Deus!
terça-feira, 31 de março de 2020
quarta-feira, 25 de março de 2020
"Coroavírus" - entre a quarentena e o abandono
Os filmes catástrofe sobre pandemias sempre focam num cenário: a partir do momento em que a tragédia se instala, parte da população se entrincheira protegida enquanto a outra fica abandonada, feito zumbis, desassistida e em meio à miséria. Foi do que lembrei quando uma amiga advertiu: por enquanto, o coronavírus está desembarcando nos aeroportos e chegando à casa dos viajantes - onde as pessoas conseguem manter distância, usar sabonete líquido e álcool gel. Em seguida, vai chegar às favelas...
Técnicos de saúde pública advertem que os dois próximos meses devem ser de propagação e o isolamento social diminui os danos. Mas, que vai chegar em todos os cantos não há como negar, causando estrago, especialmente, entre idosos e pessoas em situação de risco. Hoje, temos bom número de pessoas conscientes. Porém, existe quem ainda não alcançou a grandeza do que pode acontecer e continua fazendo "saídas", passeando na praia, organizando churrascos e jogos de carteado...
Será um longo tempo de permanência dentro de casa. Mas, precisa chegar a hora em que, preparados e protegidos, se volte às atividades do dia a dia. Até lá, como conservar crianças e idosos em casa? Poucos dias mostraram ser uma missão quase impossível. Embora se tenha visto exemplos de solidariedade - como o de pessoas mais jovens que se dispõem a sair às ruas para fazer as compras de quem precisa - o isolamento corrói a auto-estima, chegando, em alguns momentos, à depressão.
Há casos e casos... Ouvi de conhecidos que precisam voltar para casa e para os filhos. Pais idosos são motivo de telefonema, quase sempre perguntando se precisam de alguma coisa. Atender demandas de abastecimento da casa qualquer supermercado faz com serviços de entrega. Mas, reclusos e afastados de amigos, filhos e netos, perdem o direito de um tempo gasto (nem que seja em vídeo-conferência) para serem acarinhados, ouvindo e vendo, dando gostosas risadas... interagindo e vivendo!
Conhecido contou que pensava levar o pai para casa de repouso. Achava que ali seria cuidado e protegido. Infelizmente, não há como ter certeza, pois lugares assim abrigam pessoas na mesma situação e a proliferação do vírus pode ser fatal. Os "coroavírus" podem entrar em quarentena, mas não precisam ser abandonados... Embora não se possa conviver fisicamente, há a possibilidade de telefonemas e conversas diárias, vídeo-chamadas e troca de mensagens por redes sociais.
Autoridades dizem que as economias vão ter problemas. Mas, os otimistas acreditam na oportunidade para "desacelerar" relações, inclusive com a Terra... Idosos não vão emergir desta pandemia sozinhos. Na vizinhança, desafiam para a solidariedade: jeito de mostrar que saímos melhores, porque não deixamos para trás os "velhinhos" que são... e que ainda vamos ser... esperança e certeza de que vivemos e fazemos história!
Técnicos de saúde pública advertem que os dois próximos meses devem ser de propagação e o isolamento social diminui os danos. Mas, que vai chegar em todos os cantos não há como negar, causando estrago, especialmente, entre idosos e pessoas em situação de risco. Hoje, temos bom número de pessoas conscientes. Porém, existe quem ainda não alcançou a grandeza do que pode acontecer e continua fazendo "saídas", passeando na praia, organizando churrascos e jogos de carteado...
Será um longo tempo de permanência dentro de casa. Mas, precisa chegar a hora em que, preparados e protegidos, se volte às atividades do dia a dia. Até lá, como conservar crianças e idosos em casa? Poucos dias mostraram ser uma missão quase impossível. Embora se tenha visto exemplos de solidariedade - como o de pessoas mais jovens que se dispõem a sair às ruas para fazer as compras de quem precisa - o isolamento corrói a auto-estima, chegando, em alguns momentos, à depressão.
Há casos e casos... Ouvi de conhecidos que precisam voltar para casa e para os filhos. Pais idosos são motivo de telefonema, quase sempre perguntando se precisam de alguma coisa. Atender demandas de abastecimento da casa qualquer supermercado faz com serviços de entrega. Mas, reclusos e afastados de amigos, filhos e netos, perdem o direito de um tempo gasto (nem que seja em vídeo-conferência) para serem acarinhados, ouvindo e vendo, dando gostosas risadas... interagindo e vivendo!
Conhecido contou que pensava levar o pai para casa de repouso. Achava que ali seria cuidado e protegido. Infelizmente, não há como ter certeza, pois lugares assim abrigam pessoas na mesma situação e a proliferação do vírus pode ser fatal. Os "coroavírus" podem entrar em quarentena, mas não precisam ser abandonados... Embora não se possa conviver fisicamente, há a possibilidade de telefonemas e conversas diárias, vídeo-chamadas e troca de mensagens por redes sociais.
Autoridades dizem que as economias vão ter problemas. Mas, os otimistas acreditam na oportunidade para "desacelerar" relações, inclusive com a Terra... Idosos não vão emergir desta pandemia sozinhos. Na vizinhança, desafiam para a solidariedade: jeito de mostrar que saímos melhores, porque não deixamos para trás os "velhinhos" que são... e que ainda vamos ser... esperança e certeza de que vivemos e fazemos história!
terça-feira, 17 de março de 2020
Coronavírus: a prevenção passa pela informação
A temática da vez, óbvio, é o Coronavírus, com todas as suas implicações financeiras, comerciais, educacionais, diante de uma população que recebe os noticiários, mas que, na sua maior parte, ainda não caiu a ficha. Como muitas das recomendações na área da saúde, as campanhas, depoimentos, entrevistas somente vão fazer efeito quando os casos começarem a aparecer à porta das casas e, então, será um Deus nos acuda porque vai ser, literalmente, um salve-se quem puder.
O vírus começou a ser detectado no Brasil em fevereiro e, nos próximos meses, deve mostrar as suas garras, alastrando-se já não mais por aqueles que estiveram juntos de pessoas que viajaram por países onde a doença virou epidemia. Mas, já reconhecido como pandemia, vai estar livre, leve e solto para espraiar-se por um país que, embora tenha tradição de saúde pública, sabe que grande parte da população não tem a cultura da prevenção e estruturas adequadas para evitar estas doenças.
Não sou especialista e sei que já temos outras doenças (inclusive vírus) que fizeram "parceria" com os brasileiros e tem demonstrado letalidade maior. Assim como outras doenças e, mesmo, reconheça-se, a maior de todas as "doenças", que, na verdade, é uma chaga para a humanidade, que se chama fome. Como muitos analistas têm destacado, os vírus mais "vagabundos" já estão sob controle nos países do primeiro mundo, mas este surpreendeu exatamente por fazer ali seu maior estrago.
Num mundo globalizado não existe menor ou maior perigo do que a capacidade (ou incapacidade) de controlar as fronteiras para estas questões de saúde. A incubação dos vírus, especialmente, é o terror dos técnicos porque se hospeda nas pessoas e leva, em alguns casos, dias e até semanas, para manifestar seus sintomas. Dando tempo para que possa circular por mais do que um país, deixando um rastro de "pequenos monstrinhos", prontos para a procriação.
A corrida ainda nem começou e já temos problemas: além da falta de produtos que podem ajudar na prevenção, o preço extrapolou todos os critérios de bom senso. Caso de alguns sabonetes líquidos e o álcool gel. Mas também das máscaras, que muita gente não tem bem noção do que seja, mas como foi dito que protege, passou a usar indiscriminadamente. Em outros países, o costume se dá, pois, além de invernos rigorosos com a proliferação de vírus, ajuda nos cuidados com a poluição.
Serão dois meses com notícias verdadeiras, mas também com bobagens sendo ditas. Na dúvida, procure um posto de saúde ou alguém em quem realmente confia. Reproduzir material das redes sociais pode ser gol contra. Infelizmente, até pessoas bem intencionadas fazem circular material que se mostra falso. Então, o melhor é não bancar o curandeiro de plantão, afinal, de bem intencionados, até o inferno está cheio...
O vírus começou a ser detectado no Brasil em fevereiro e, nos próximos meses, deve mostrar as suas garras, alastrando-se já não mais por aqueles que estiveram juntos de pessoas que viajaram por países onde a doença virou epidemia. Mas, já reconhecido como pandemia, vai estar livre, leve e solto para espraiar-se por um país que, embora tenha tradição de saúde pública, sabe que grande parte da população não tem a cultura da prevenção e estruturas adequadas para evitar estas doenças.
Não sou especialista e sei que já temos outras doenças (inclusive vírus) que fizeram "parceria" com os brasileiros e tem demonstrado letalidade maior. Assim como outras doenças e, mesmo, reconheça-se, a maior de todas as "doenças", que, na verdade, é uma chaga para a humanidade, que se chama fome. Como muitos analistas têm destacado, os vírus mais "vagabundos" já estão sob controle nos países do primeiro mundo, mas este surpreendeu exatamente por fazer ali seu maior estrago.
Num mundo globalizado não existe menor ou maior perigo do que a capacidade (ou incapacidade) de controlar as fronteiras para estas questões de saúde. A incubação dos vírus, especialmente, é o terror dos técnicos porque se hospeda nas pessoas e leva, em alguns casos, dias e até semanas, para manifestar seus sintomas. Dando tempo para que possa circular por mais do que um país, deixando um rastro de "pequenos monstrinhos", prontos para a procriação.
A corrida ainda nem começou e já temos problemas: além da falta de produtos que podem ajudar na prevenção, o preço extrapolou todos os critérios de bom senso. Caso de alguns sabonetes líquidos e o álcool gel. Mas também das máscaras, que muita gente não tem bem noção do que seja, mas como foi dito que protege, passou a usar indiscriminadamente. Em outros países, o costume se dá, pois, além de invernos rigorosos com a proliferação de vírus, ajuda nos cuidados com a poluição.
Serão dois meses com notícias verdadeiras, mas também com bobagens sendo ditas. Na dúvida, procure um posto de saúde ou alguém em quem realmente confia. Reproduzir material das redes sociais pode ser gol contra. Infelizmente, até pessoas bem intencionadas fazem circular material que se mostra falso. Então, o melhor é não bancar o curandeiro de plantão, afinal, de bem intencionados, até o inferno está cheio...
terça-feira, 10 de março de 2020
15 anos do Centenário: sensação de gratidão
O Rotary Club Pelotas Centenário completou 15 anos, comemorados no dia 5 de março. Festividades deste tipo tem o condão das lembranças. Desfilam pelo pensamento o quanto é bom reencontrar pessoas com as quais se conviveu durante uma etapa da vida (Martha, Maria Lúcia, Valeska, Olga, Armando, Fernanda, Laudecena, Laura...). Como se faz memória de quem já partiu e merece lugar nas nossas histórias, caso do Francisco e Vera Assis, e da Ivone do Amaral.
Enquanto eram realizadas homenagens, pensei no que antecedeu a criação do Club. Estava pronto para deixar o Rotary. Entendia que já não respondia àquilo que me havia proposto: lugar de encontro, companheirismo e abrir portas aos alunos da Comunicação da UCPel para intercâmbio. Quando percebi que não era o único, haviam outros com pensamento idêntico que, articulados, criaram um novo Club, do qual a Martha foi a primeira e, na sequência, acabei sendo o segundo presidente.
Volto ao menos uma vez por ano às reuniões almoço, tratando de questões ligadas à fé. Final do ano, ao término do encontro, me surpreendi com o convite da presidente para que se rezasse um Pai-Nosso. A oração universal que une cristãos de todas as tendências e filosofias. Respeitadas as diferenças, o grupo confirmava que, para além de suas propostas, se comprometia engajado em mudanças no Mundo, especialmente na relação com os outros e a sua espiritualidade.
Muitas lições aprendidas, boas e gostosas risadas, sorrisos e abraços acolhedores... Por ocasião da minha posse na Academia precisava de um ramo de Louro para cada acadêmico. A Ivone disse que no seu sítio havia. Fomos até a divisa com Canguçu. Enchemos o porta mala e retornamos. Depois, encontro meu pai que pergunta por onde andara. Contei. Riu e me levou ao pátio. Minha santa ignorância não registrou: havia um pé de Louro com galhos suficientes para a posse de muitos acadêmicos...
Contei para alguns e, durante bom tempo, era motivo de brincadeira quando se tentava encontrar alguma coisa mais difícil: "será que não tens no teu pátio?" Tínhamos uma instituição de nível internacional que propiciava engajamento em campanhas humanitárias e se fazia presente em instituições locais de saúde (equipamentos básicos) e educação (discernimento profissional). "Companheirismo" passava a ser real para pessoas que, de outra forma, possivelmente, não tivessem se encontrado e convivido...
A sensação é de gratidão. Quem perseverou esforça-se para melhorar as relações sociais. Quem já deixou sabe que foi bom... enquanto durou! Para todos, o sentimento, como disse a Martha, era de que ali encontrou e formou amigos. Como tudo de bom na vida, se queria mais... mas foi suficiente para saber que, mesmo em momentos difíceis, se acalentam boas lembranças, que deixam uma doce e meiga saudade!
Enquanto eram realizadas homenagens, pensei no que antecedeu a criação do Club. Estava pronto para deixar o Rotary. Entendia que já não respondia àquilo que me havia proposto: lugar de encontro, companheirismo e abrir portas aos alunos da Comunicação da UCPel para intercâmbio. Quando percebi que não era o único, haviam outros com pensamento idêntico que, articulados, criaram um novo Club, do qual a Martha foi a primeira e, na sequência, acabei sendo o segundo presidente.
Volto ao menos uma vez por ano às reuniões almoço, tratando de questões ligadas à fé. Final do ano, ao término do encontro, me surpreendi com o convite da presidente para que se rezasse um Pai-Nosso. A oração universal que une cristãos de todas as tendências e filosofias. Respeitadas as diferenças, o grupo confirmava que, para além de suas propostas, se comprometia engajado em mudanças no Mundo, especialmente na relação com os outros e a sua espiritualidade.
Muitas lições aprendidas, boas e gostosas risadas, sorrisos e abraços acolhedores... Por ocasião da minha posse na Academia precisava de um ramo de Louro para cada acadêmico. A Ivone disse que no seu sítio havia. Fomos até a divisa com Canguçu. Enchemos o porta mala e retornamos. Depois, encontro meu pai que pergunta por onde andara. Contei. Riu e me levou ao pátio. Minha santa ignorância não registrou: havia um pé de Louro com galhos suficientes para a posse de muitos acadêmicos...
Contei para alguns e, durante bom tempo, era motivo de brincadeira quando se tentava encontrar alguma coisa mais difícil: "será que não tens no teu pátio?" Tínhamos uma instituição de nível internacional que propiciava engajamento em campanhas humanitárias e se fazia presente em instituições locais de saúde (equipamentos básicos) e educação (discernimento profissional). "Companheirismo" passava a ser real para pessoas que, de outra forma, possivelmente, não tivessem se encontrado e convivido...
A sensação é de gratidão. Quem perseverou esforça-se para melhorar as relações sociais. Quem já deixou sabe que foi bom... enquanto durou! Para todos, o sentimento, como disse a Martha, era de que ali encontrou e formou amigos. Como tudo de bom na vida, se queria mais... mas foi suficiente para saber que, mesmo em momentos difíceis, se acalentam boas lembranças, que deixam uma doce e meiga saudade!
terça-feira, 3 de março de 2020
Feliz e abençoado Ano Novo!
Na Quarta-Feira de Cinzas recebi ao menos três mensagens desejando "um feliz Ano Novo!", sempre seguida de explicação: para o brasileiro, enquanto não passar o Carnaval (o do calendário oficial e não o fora de época) a contagem dos dias não vale para as atividades que exigem planejamento e disposição para o ritmo de trabalho. Coincidência ou não, a partir daquele dia comecei a receber um maior número de contatos tratando da participação na formação de grupos, movimentos, paróquias...
Ao longo do ano passado, me dei o direito a um "ano sabático". Cumpri os compromissos assumidos e poucos novos. Quis dedicar tempo maior para oração, meditação e reflexão. Exercer na prática o que recomendo para os outros: que para se fazer uma boa comunicação, antes, é preciso preparar o comunicador... E um agente da educação (aqui incluindo comunicadores), trabalha em vão se não for capaz de alicerçar sua atividade nos três silêncios da comunicação.
Minha máxima é de que toda comunicação inicia pelo silêncio: a oração, tempo de voltar os olhos para Deus; a meditação, capaz de dar substância e sustento à própria religiosidade; e a reflexão, que embasa a presença social no Mundo. Formatei dois tipos de trabalho que já serão utilizados nos próximos dias: "a comunicação a serviço da família" e "uma comunicação que sustente a caridade". Dentro do espírito da Campanha da Fraternidade deste ano: "viu, sentiu compaixão e cuidou dele!"
Problemas políticos, econômicos e de saúde fazem um ano difícil. Discussões inflamadas e debatedores que de oponentes viram inimigos... Reprovam referências religiosas, mas criam dogmas políticos e endeusam santos com pés de barro que não resistem ao passar da História... Já fomos o país com o maior número de "juízes e técnicos de futebol", agora temos "especialistas" encastelados em "achismos", num confronto em que todos perdem e ganham os que provocam as dissenções...
Num tempo em que as questões religiosas viraram coisas secundárias (salva-se o papa Francisco e raras exceções), leva-se para a avenida do Carnaval uma pretensa discussão a respeito da figura de Jesus Cristo e sua presença nos tempos atuais. Para os defensores do Carnaval, necessária e profunda: uma denúncia da podridão das próprias religiões... para os religiosos, a superficialidade faturando em cima de problemas mal resolvidos na alma do próprio povo brasileiro.
2020 é a continuação do que se viveu em 2019. Com a pretensão de que se quer e se pode ser diferente, nem tanto na estética, preparação intelectual e bens que se adquire. Há um elemento primordial: ser e fazer o outro feliz. Vai ser fácil? Quem sabe? Aí está a graça: não abrir mão dos grandes sonhos, valorizando as pequenas conquistas, que fazem a diferença em desejar - em março - um feliz e abençoado Ano Novo!
Minha máxima é de que toda comunicação inicia pelo silêncio: a oração, tempo de voltar os olhos para Deus; a meditação, capaz de dar substância e sustento à própria religiosidade; e a reflexão, que embasa a presença social no Mundo. Formatei dois tipos de trabalho que já serão utilizados nos próximos dias: "a comunicação a serviço da família" e "uma comunicação que sustente a caridade". Dentro do espírito da Campanha da Fraternidade deste ano: "viu, sentiu compaixão e cuidou dele!"
Problemas políticos, econômicos e de saúde fazem um ano difícil. Discussões inflamadas e debatedores que de oponentes viram inimigos... Reprovam referências religiosas, mas criam dogmas políticos e endeusam santos com pés de barro que não resistem ao passar da História... Já fomos o país com o maior número de "juízes e técnicos de futebol", agora temos "especialistas" encastelados em "achismos", num confronto em que todos perdem e ganham os que provocam as dissenções...
Num tempo em que as questões religiosas viraram coisas secundárias (salva-se o papa Francisco e raras exceções), leva-se para a avenida do Carnaval uma pretensa discussão a respeito da figura de Jesus Cristo e sua presença nos tempos atuais. Para os defensores do Carnaval, necessária e profunda: uma denúncia da podridão das próprias religiões... para os religiosos, a superficialidade faturando em cima de problemas mal resolvidos na alma do próprio povo brasileiro.
2020 é a continuação do que se viveu em 2019. Com a pretensão de que se quer e se pode ser diferente, nem tanto na estética, preparação intelectual e bens que se adquire. Há um elemento primordial: ser e fazer o outro feliz. Vai ser fácil? Quem sabe? Aí está a graça: não abrir mão dos grandes sonhos, valorizando as pequenas conquistas, que fazem a diferença em desejar - em março - um feliz e abençoado Ano Novo!
Assinar:
Postagens (Atom)