Um candidato à presidência da República foi questionado do porquê as eleições de outubro ainda não estarem merecendo a devida atenção por parte das mídias, em especial, da Internet. Curto e grosso, disse que a pauta da vez é a Copa da FIFA. Para alguns analistas políticos, é claro: os jogos de junho e julho vão ter, sim, papel fundamental como "pré-pauta", porque podem definir os destinos das candidaturas, tomando o rumo do ufanismo, ou de forma mais difícil para a candidatura do governo.
No frigir dos ovos, embora a candidatura do governo desfrute de uma invejável diferença nos índices de pesquisas, não vejo muita diferença entre eles. Podem me elencar inúmeras "conquistas" - que o contraponto é o de que "não fazem mais do que a obrigação - são pagos para isto". Mas, também, os desmandos denunciados nas esferas federais, mas que podem ser encontrados nos governos dos Estados, contemplando a praticamente todos os partidos.
A melhor forma de concretizar a democracia é com a alternância de poder. Mesmo que, hoje, seja escolher o "menos pior". Também vale para aqueles que ficam, além das cores partidárias e ideológicas (cada vez mais difíceis de se entender as diferenças), procurando as nuances religiosas (é um absurdo que se tenha uma bancada no Congresso Nacional dita "religiosa"). Para se ter bom caráter, não há distinção entre ser católico, evangélico, espírita ou umbandista.
Não me lembro de, alguma vez, ter montado uma chapa em que votaria com apenas um partido. Infelizmente, esta "fidelidade" partidária tem trazido mais prejuízos do que benefícios para o país. Então, é procurar o máximo de informações possíveis, especialmente através de outras pessoas de boa vontade e que não tenham interesses pessoais envolvidos em suas escolhas. E votar!
Infelizmente, durante esta Copa, muitos políticos vão aparecer de "papagaio de pirata", quem sabe até nos ombros dos jogadores e dirigentes de futebol! Risque estes da sua lista. Aliás, vale lembrar que, assim como os políticos sempre estão correndo atrás de algum interesse, especialmente de poder e econômico, os jogadores e dirigentes, também! "A pátria de chuteiras" é uma infeliz expressão quando vemos em que se transformou o chamado esporte das multidões, que afastou os mais pobres dos estádios.
Portanto, a pauta da vez é a copa da FIFA, mas não está longe o momento de preparar o seu título para ir às urnas. Omitir é um jeito de cair fora de responsabilidades. Podemos ainda ter muito o que caminhar para ter uma população mais consciente, com memória para as promessas e suas realizações, mas não podemos abrir mão da esperança de que o que temos, hoje, é reversível. Da máxima, "pão e circo", queremos espetáculos que possam dar momentos de entretenimento ao maior número possível, mas também queremos - para todos - educação, saúde, segurança, rodovias, empregos...
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