sexta-feira, 25 de julho de 2025

Lembram do “troar dos canhões”?

Artigo da semana:

A indústria armamentos foi a que, sem sombra de dúvida, mais cresceu nos últimos anos. Sendo a disputa entre fronteiras ou mesmo guerras internas, a animosidade foi insuflada dissimuladamente ou, até, de forma explícita, com jogadas de marketing que colocaram no cenário internacional supostos líderes que se mostraram fantoches dos “senhores da guerra”.  Falar de Trump, Putin, Netanyahu (entre outros) é falar de homens que se aproveitam da fragilidade política da população, cansada de políticos oportunistas e que se convencem de que estes têm “punho forte” para estancar a sangria em que vivem as democracias.

As guerras, assim como os desmandos administrativos e políticos, tornaram-se a normalização. Como existem conflitos todos os dias, assim como escândalos de mau uso dos recursos públicos, o homem (e a mulher) comum assimila como se fizesse parte do quotidiano. Até parece estranho quando não se tem “novidades” a respeito. Sem que se dê conta de que, na beligerância ou na sangria dos cofres públicos, quem perde é o próprio cidadão que vê minguar - e piorar - serviços de saúde, educação, transporte, moradia…

Não há justificativa para a guerra ou qualquer outro tipo de violência. Inclusive as que degradam o sentimento de humanidade. A morte em massa ou por ausência de um estado socialmente responsável mostra o quanto se falhou em alcançar os mínimos direitos para todos. Infelizmente, os citados podem ser considerados os “senhores do mal” que, como a maioria dos políticos, apenas pensam no eleitor quando precisam do seu voto. 

Na atualidade, alguém que grite pela paz, justiça e solidariedade não existe. Silenciados ou omissos, sem força para se contrapor. O papa Francisco foi o último. O que lhe valeu, ainda hoje, a pecha de que era “comunista”, por bradar pela Doutrina Social da Igreja. Leão XIV apenas “engatinha”, ainda respondendo de forma burocrática e pautada por “sensibilidades” diplomáticas.

Lembram do “troar dos canhões”? Pois as guerras maquiaram até o troar dos canhões, de tal forma que se tornaram conflitos assépticos. Os cadáveres são devolvidos embalados e, nos conflitos causados pela violência ou a fome, os corpos desaparecem nos necrotérios. Disputas internacionais sempre foram alimentadas por vaidades e interesses econômicos. Na ponta do lápis, torcer por “a” ou “b” é apenas fazer parte da grande massa que se deixa manipular. Sem compreender que se joga na fogueira o futuro dos nossos filhos e das gerações que ainda sequer despertaram para a vida… (Imagem gerada pela IA Gemini)

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